Três regiões registram 95% de mortes por dengue no país (até último domingo). Pior epidemia, altos índices Sudeste, Sul, Centro-Oeste. Pré-visão: volume, chuvas, letalidade. Regiões susceptíveis: Arboviroses, El Niño. Monitoramento Arboviroses, suscetíveis locais. Dengue: história, população, efeitos. (149 caracteres)
A situação da dengue no Brasil atingiu níveis alarmantes neste ano, com um total de 6,1 milhões de casos prováveis no primeiro semestre, marcando a pior epidemia já registrada no país. A propagação do vírus da dengue tem causado preocupação em toda a população, exigindo medidas urgentes para conter a disseminação da doença.
A transmissão da dengue ocorre principalmente por mosquito, sendo o Aedes aegypti o vetor responsável por disseminar a doença. O combate eficaz a esse mosquito é essencial para reduzir a incidência da dengue e proteger a saúde da população. A conscientização sobre as medidas preventivas e a eliminação de focos de reprodução do Aedes aegypti são fundamentais para controlar a propagação da dengue.
Impacto da Dengue nas Regiões do Brasil
O aumento significativo dos casos de dengue foi impulsionado pelos altos índices nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que juntas representam a maioria dos casos prováveis da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Essas regiões concentram cerca de 93% dos casos, totalizando aproximadamente 5,7 milhões de pessoas afetadas, de acordo com os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Além disso, as regiões mencionadas também foram responsáveis por 95% das mortes por dengue no país até a última semana.
A quantidade de óbitos causados pela dengue atingiu um número recorde nos primeiros seis meses deste ano, totalizando 4.250 vidas perdidas. Esse número é alarmante se comparado ao recorde anterior registrado ao longo de 2023, que contabilizou 1.094 mortes. A situação é preocupante e aponta para uma epidemia que preocupa especialistas e autoridades de saúde.
As mudanças climáticas têm desempenhado um papel crucial nessa piora da situação, favorecendo a proliferação do mosquito transmissor da dengue. A circulação do vetor em novas áreas, juntamente com a falta de preparo da saúde pública, são fatores que contribuem para a propagação desse cenário epidêmico.
Especialistas destacam que a mudança climática é um dos principais impulsionadores dessa crise de saúde pública. O aumento das temperaturas e a antecipação das chuvas têm favorecido a reprodução do Aedes aegypti, ampliando a disseminação da doença. A região Sul, por exemplo, que antes não era afetada pela dengue devido às baixas temperaturas, passou a registrar casos devido ao efeito do El Niño.
Em locais onde a dengue não circulava anteriormente, a população torna-se ainda mais suscetível à doença. Isso se deve ao fato de que, em áreas sem histórico da doença, as pessoas não desenvolveram imunidade contra os diferentes sorotipos do vírus. O aumento do volume de chuvas em algumas regiões tem contribuído para a propagação da dengue, tornando a população local mais vulnerável.
A letalidade da doença também tem sido uma preocupação, com um aumento significativo no número de óbitos em relação aos anos anteriores. A falta de preparação e treinamento adequado dos profissionais de saúde tem sido apontada como um dos motivos para o aumento da letalidade. A coordenação entre o Ministério da Saúde e os estados para implementar planos de prevenção e combate à dengue tem sido fundamental para conter a propagação da doença.
Fonte: © Notícias ao Minuto