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PPI núcleo cai 0,3%, abaixo da pré-visão de 0,1%. Voláteis e taxas juros afetaram itens. Analistas esperavam crescimento no PPI. Mercados de ações caem, risco investors preferem dinheiro. Preços de ações e demanda por ativos baixos. Brasileiros: PPI ao produtor em abril subiu 0,5%, em maio queda de 0,2%. Meta de crescimento de preços não alcançada. Ciclo de quedas autoridade monetária. Expectativas de taxas de juros e termos de mercados ação influenciaram a meta de aumento dos preços.
A inflação ao produtor (PPI) no Brasil registrou um aumento de 1,5% no último mês, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento representa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o PPI subiu 0,8%. No acumulado do ano, a inflação ao produtor já atinge 4,3%, sinalizando pressões inflacionárias no setor produtivo.
O Índice de Preços ao Productor (IPP) europeu também apresentou variações significativas no mesmo período, com uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior. Essa redução surpreendeu os analistas, que esperavam um aumento de 0,2%. O IPP reflete a dinâmica dos preços de fabricação na Europa e é um indicador importante para a análise da inflação na região.
Impacto da Inflação ao Produtor (PPI) no Mercado Financeiro
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Produtor (PPI), é importante destacar a estabilidade do núcleo do PPI, que desconsidera itens voláteis como energia, alimentos e comércio. Em maio, o núcleo permaneceu inalterado após um aumento de 0,3% em abril. Quando observamos a variação anual em maio, o PPI dos Estados Unidos registrou um avanço de 2,2%, mantendo-se no mesmo patamar do mês anterior. Por outro lado, o núcleo do PPI apresentou um crescimento de 3,2% em maio, acelerando em relação aos 3,1% registrados em abril, representando a maior alta em 12 meses.
Os analistas continuam atentos às expectativas em relação aos cortes de juros, que são considerados prováveis pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A decisão do Fed de manter as taxas inalteradas na última reunião tem gerado especulações sobre o futuro cenário econômico. A questão da inflação desempenha um papel crucial nesse contexto, pois pode adiar ou antecipar o ciclo de quedas de juros. A proximidade ou distanciamento da autoridade monetária em relação à meta de aumento dos preços de 2% ao ano influencia diretamente essa dinâmica.
No cenário internacional, as taxas de juros praticadas nos Estados Unidos têm impacto significativo na atratividade dos investimentos em renda fixa global. A redução das taxas de juros nos EUA pode favorecer os investidores em bolsa, tornando os mercados acionários mais atrativos. Esse cenário é especialmente relevante para investidores que buscam oportunidades em mercados considerados mais arriscados, como o Brasil. Em momentos de incertezas globais, os investidores tendem a buscar refúgio em países mais seguros, o que pode afetar a demanda por ativos brasileiros e influenciar negativamente os preços das ações no mercado local.
Fonte: @ Valor Invest Globo