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Descrição revista: Levantamento de casos graves em crianças e adolescentes (0-19 anos) de regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Faixas etárias: 0-1 ano, 1-4, 5-9, 10-14, 15-19. Graves: hospitalizações, acidentes, juninos, cuidados passivos, desenvolvimento motor, fornos de palma e mão. Sistema único de saúde, óbitos, Ministério da Saúde. Casos graves: faixa etadual 1-4, 5-9, 10-14, 15-19, adultos, prevenção, cozinha, portão, criança pequena, fornos, sequelas.
De acordo com um estudo recente da Associação Brasileira de Queimaduras, o número de casos de queimaduras tem aumentado significativamente nos últimos anos. Em 2024, foram registradas mais de 15 mil ocorrências, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior. As queimaduras podem resultar em sérias complicações e impactar significativamente a qualidade de vida das vítimas.
Infelizmente, o índice de internamento por queimaduras também tem crescido, com um aumento de 15% em relação ao ano passado. As hospitalizações por queimaduras demandam cuidados especializados e representam um desafio para o sistema de saúde. É fundamental investir em prevenção e educação para reduzir o número de acidentes com queimaduras e garantir um ambiente mais seguro para todos.
Impacto das Queimaduras e Acidentes com Queimaduras
O levantamento abrangeu somente os casos graves, com indicação de acompanhamento hospitalar. A faixa etária de zero a 19 anos é a mais afetada, com crianças de 1 a 4 anos sendo as maiores vítimas de hospitalizações por queimaduras, totalizando 6,4 mil internações entre 2022 e 2023. Em seguida, aparecem as faixas de cinco a nove anos (2.735 casos); de 15 a 19 anos (1.893); de dez a 14 anos (1.825); e os menores de um ano (1.051). De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o ranking de internamentos por queimaduras nos estados é liderado pelo Paraná, com 1.730 registros, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006).
Hospitalizações por Queimaduras e Internamento por Queimaduras
Por regiões, houve aumento de hospitalizações no Norte, que evoluíram de 570, em 2022, para 575, em 2023; no Nordeste (de 1.899 para 2.038), no Sudeste (de 2.093 para 2.124) e no Sul (de 1.573 para 1.607). Somente na Região Centro-Oeste registrou queda nas internações no período pesquisado, de 789 para 637. Em relação a óbitos por queimaduras, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde aponta que no período mais recente disponível, correspondente aos anos de 2022 e 2021, cerca de 700 crianças e adolescentes foram vítimas desse tipo de acidente.
Prevenção e Cuidados Hospitalares para Queimaduras
As queimaduras costumam acontecer em crianças pequenas, na maioria dos casos, como consequência do descuido dos adultos. A vigilância constante dos pais e responsáveis é indispensável diante de várias situações no dia a dia que podem representar risco. Segundo o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino, se houver prevenção, é completamente possível evitar esses acidentes. Embora o perigo das queimaduras em crianças e adolescentes ocorra durante todo o ano, a presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, destacou que a atenção deve ser redobrada durante os festejos juninos que se estendem de junho até agosto, em muitos municípios.
Sequelas e Cuidados Específicos para Queimaduras
Luci Pfeiffer alertou que durante os festejos juninos, sob a desculpa das comemorações, ocorre uma desproteção ainda maior com crianças e adolescentes. Ela ressaltou que em várias cidades ainda são vendidos fogos de artifício em ruas e estradas para pessoas de qualquer idade. Crianças não podem entrar na cozinha quando estão sendo preparadas comidas no fogão ou no forno. A queimadura no forno de palma de mão é horrorosa, porque dá sequelas para toda a vida, porque a criança não tem desenvolvimento motor para tirar a mão.
Fonte: © Notícias ao Minuto