Como a derrocada do setor imobiliário afetará a economia chinesa, considerando mudanças estruturais, empresas como Evergrande e Country Garden, e perspectivas de crescimento.
Uma nova era se inicia em 2024, após as celebrações do ano novo chinês. A China é uma potência mundial em diversos aspectos, desde a economia até a cultura milenar que encanta o mundo. Com um papel cada vez mais relevante no cenário internacional, o país asiático promete seguir surpreendendo a todos com seu desenvolvimento contínuo.
O mercado imobiliário chinês é um dos setores mais dinâmicos do gigante asiático. Com o crescimento acelerado das cidades e a urbanização em curso, as oportunidades de investimento no setor imobiliário são cada vez mais atrativas. A China é um país de contrastes, onde a tradição convive harmoniosamente com a modernidade, criando um ambiente único para negócios e investimentos. O mercado imobiliário chinês reflete essa dualidade e continua atraindo investidores de todo o mundo.
China enfrenta mudanças estruturais no mercado imobiliário
As mudanças estruturais na economia chinesa devem permanecer e as feridas abertas ainda tendem a demorar para sarar, incluindo as milhares de casas inacabadas e os momentos críticos de empresas como Evergrande (OTC:EGRNY) e Country Garden, protagonistas da turbulência em que vive o setor imobiliário.
O gigante asiático e o cenário geopolítico desafiador
A China enfrenta um momento problemático nesta frente, que já foi o motor da economia, e um mercado de ações com desempenho fraco, diante da fragilidade da confiança do consumidor sobre as perspectivas de crescimento, o que pode exigir mais estímulos nos anos por vir. Um cenário geopolítico incerto, sanções americanas e população em declínio também são riscos monitorados.
Perspectivas de crescimento e desafios para a economia
Atingir a meta de crescimento da economia no ano passado foi uma vitória difícil e, neste ano, a China pode ter que se desvencilhar de mais pedras pelo caminho. Especialistas consultados pelo Investing.com Brasil avaliam que problemas estruturais do país asiático continuam, mesmo com o processo de transição nos setores de maior representatividade, saindo do foco no mercado imobiliário para o consumo das famílias e novas tecnologias na indústria.
Desafios no setor imobiliário e políticas econômicas do governo chinês
Inovação, setor imobiliário, e perspectivas de crescimento economia são ainda desafios enfrentados pelo gigante asiático.
A regulação do mercado imobiliário e o futuro da economia chinesa
A conquista do cumprimento da meta de expansão do PIB foi ‘agridoce’ porque não veio como esperado. As famílias contribuíram para o crescimento, mas ainda são necessários mais estímulos para enfrentar desafios conjunturais, incluindo um consumo ainda em maturação e uma derrocada do mercado imobiliário.
Reestruturação e ajustes necessários na China
Segundo Fabiana D’Atri, economista do Bradesco, a China passa por um processo de reestruturação e crescimento moderado. A economista acredita que os vetores que movem a economia chinesa não estão muito melhores, mas pararam de piorar. A economista avalia que a crise afetou pequenas e grandes empresas, mas a China tem optado por uma transição ordenada e suave, considerando a magnitude do ajuste.
Alta nas taxas de juros e medidas de estímulos na economia chinesa
A China anunciou recentemente o maior corte já registrado na taxa de referência para hipotecas, na busca por uma sustentação do mercado imobiliário e da economia, além de aprovar empréstimos bilionários para financiamento de projetos. O corte nos juros foi considerado uma estratégia na direção certa, mas, segundo analistas, ainda são necessárias medidas mais fortes.
Transição para uma nova China: inovação e desafios
A transição da China para um novo modelo de crescimento econômico envolve foco em tecnologias que elevem a produtividade e frentes como digitalização, automação, atualização da manufatura, tecnologia verde e novos materiais. A China está enxugando gelo diante de desafios como demografia, inovação, e dinâmicas sanitárias internacionais.
O futuro da China e as implicações globais
Não há ‘grande demais para quebrar’. O país passa por um processo de transição que inclui uma visão pragmática sobre a economia. Entretanto, o governo chinês pretende manter o que é sustentável. O enfoque tem sido na estabilidade e em frentes como consumo doméstico, indústria, energia renovável, indústria tradicional chinesa, e turismo doméstico como como alavanca para a economia.
Fonte: © BR Investing