Os Bajau podem ter adaptações genéticas por passarem 60% do dia na água, incluindo aquecimento para respiração, sobrevivem de pesca até 70 metros, reduzem a frequência cardíaca e comprimem vasos sanguíneos.
Passar um minuto debaixo da água pode parecer uma eternidade para alguns, não é mesmo? Especialmente para aqueles que não têm o costume de se aventurar nas profundezas dos oceanos. No entanto, para os nômades do mar, essa é apenas uma pequena amostra do que são capazes. Alguns desses habilidosos indivíduos conseguem superar a marca dos 13 minutos submersos, conforme relata a renomada revista National Geographic.
Os povos Bajau do sudeste asiático têm impressionado o mundo com suas habilidades aquáticas extraordinárias. Além de sua incrível capacidade de permanecerem por longos períodos debaixo d’água, esses nômades do mar desenvolveram uma profunda conexão com o oceano, tornando-se verdadeiros mestres do mergulho. A cultura e o modo de vida dos povos Bajau são intrinsecamente ligados ao mar, demonstrando uma harmonia única entre o ser humano e o ambiente marinho. Mais do que simples mergulhadores, os nômades do mar são um exemplo fascinante de adaptação e resiliência frente aos desafios do oceano.
‘Nômades do mar’ e os povos Bajau: um mergulho na vida subaquática
Os povos Bajau, conhecidos como os ‘Nômades do mar’, habitam comunidades nas Filipinas, Malásia e Indonésia, onde vivem em casas-barco e sobrevivem principalmente da pesca. Estes indivíduos desenvolveram habilidades impressionantes que lhes permitem mergulhar a profundidades de até 70 metros, utilizando apenas óculos de natação e pesos para auxiliar na descida rápida.
Quando mergulhamos, nosso organismo passa por diversas mudanças fascinantes. Uma delas é a redução natural da frequência cardíaca, juntamente com a compressão dos vasos sanguíneos e a contração do baço. Essas reações são adaptativas, visando conservar energia em ambientes com menor concentração de oxigênio.
Estudos recentes sugerem que os Bajau possuem adaptações genéticas que contribuem para suas habilidades subaquáticas excepcionais. Pesquisadores compararam o tamanho do baço de Bajau com o de grupos vizinhos que passam menos tempo no mar, constatando que o órgão dos Bajau pode ser até 50% maior. Essas diferenças indicam possíveis mudanças genéticas ao longo de gerações, proporcionando uma reserva de glóbulos vermelhos oxigenados maior, favorecendo a captação de oxigênio necessário para sustentar a atividade subaquática.
O segredo da resistência dos ‘Nômades do mar’
A vida dos povos Bajau está intrinsecamente ligada ao oceano, passando a maior parte de seu tempo na água. Essa convivência intensa ao longo de milhares de anos pode ter desencadeado adaptações genéticas fundamentais, como o aumento do tamanho do baço, favorecendo a capacidade de permanecer submerso por longos períodos.
Ao manter um órgão que armazena mais glóbulos vermelhos oxigenados, os Bajau garantem uma oferta de oxigênio mais eficiente para todos os seus órgãos durante os mergulhos prolongados. Essa característica distinta torna esses indivíduos únicos e exemplifica a incrível capacidade de adaptação da espécie humana a ambientes desafiadores.
A incrível jornada evolutiva dos ‘Nômades do mar’
Os ‘Nômades do mar’ representam um exemplo fascinante de como a seleção natural e as pressões ambientais moldam as populações ao longo do tempo. Através de gerações, os povos Bajau desenvolveram características únicas que lhes permitem explorar as profundezas do oceano de maneira singular, desvendando segredos genéticos que os destacam como verdadeiros mestres das águas.
Fonte: @ Terra