Desigualdades persistem em mortalidade, saúde e educação entre negras e brancas. Dados: pessoas negras e brancas, homens e mulheres, faixas etárias 18-24 e 45+. Disparidades: disparos, internações, mortalidade. Causas estruturais: desigualdades, violência letal, generalizada, agressões locais. Soluções: acesso igualitário, educação, saúde, justiça social, segurança pública.
Em um período de dez anos, as pessoas negras foram vítimas de disparos de armas de fogo quatro vezes mais do que as pessoas brancas, conforme apontado por uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas em Saúde Pública (IPSP) e pela Fundação Céu Azul. O estudo examinou os índices de hospitalizações e óbitos por violência entre os anos de 2012 e 2022, levando em consideração a variável racial.
A desigualdade na segurança pública é evidente quando se observa a disparidade entre as taxas de mortalidade de pessoas de cor em relação às pessoas brancas. É fundamental que políticas públicas sejam implementadas visando a proteção e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente de sua raça ou cor. A conscientização e ações efetivas são essenciais para promover a igualdade e a justiça para todas as pessoas.
Desigualdades Estruturais e Violência Contra Pessoas Negras e Pessoas Brancas
De acordo com o levantamento recente, 10.764 homens negros foram vítimas de disparos de armas de fogo em vias públicas em 2022, em contraste com os 2.406 homens brancos em situação semelhante. Esses dados evidenciam as desigualdades estruturais profundamente enraizadas em nossa sociedade.
A população negra enfrenta uma realidade marcada não apenas pela violência letal, que resulta em óbitos prematuros, mas também pela violência generalizada, que leva a um maior número de internações em comparação com a população branca. Essa disparidade é alarmante e requer ações urgentes para promover a igualdade de direitos e oportunidades.
Rony Coelho, pesquisador do instituto, destaca que as mulheres negras também são impactadas de forma desproporcional pela violência. Em 2022, foram registradas 629 mortes de mulheres negras, enquanto apenas 207 mulheres brancas perderam suas vidas. A taxa de mortalidade entre mulheres negras é três vezes superior à das mulheres brancas, revelando a vulnerabilidade enfrentada por esse grupo.
A análise dos dados revela que as mulheres negras são mais suscetíveis a diferentes formas e locais de agressão em comparação com as mulheres brancas. Em 2012, por exemplo, ocorreram 814 mortes de mulheres negras em vias públicas, 631 em domicílios e 654 em hospitais. Para as mulheres brancas, os números foram significativamente menores, com 302, 422 e 342 mortes, respectivamente.
No que diz respeito à faixa etária, os jovens negros entre 18 e 24 anos são as principais vítimas da violência, no período de 2010 a 2021. A discrepância racial persiste em diversas faixas etárias, diminuindo apenas a partir dos 45 anos. Os pesquisadores enfatizam a importância do acesso igualitário à educação, saúde, justiça social e segurança pública como medidas essenciais para reduzir o número de vítimas de violência entre pessoas negras e pessoas brancas.
Fonte: @ Agencia Brasil