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Partido Republicano promete maior protecção comercial com chapa. Biden continua avançando agenda verde. Coalizão conservadora apoia Projeto 2025. Primeiro mandato Trump: política externa mais unilateral, potencialmente divisora, efeitos crises. Biden: visão diferente, transacional, polícias coalizão, conservadora, política externa.
A eleição americana revela a divisão do país em relação aos rumos que a Casa Branca deve seguir em termos de política externa nos próximos anos. Enquanto o democrata Joe Biden defende uma maior cooperação internacional e fortalecimento das relações com os aliados, o republicano Donald Trump prega uma postura mais unilateral e focada nos interesses nacionais.
Com a proximidade das eleições de 2024, a escolha dos americanos será crucial para definir o futuro do país. Os eleitores terão que decidir entre seguir a linha de Biden em busca de uma maior integração global ou optar por uma abordagem mais isolacionista, como proposto por Trump. A escolha dos eleitores terá impacto não apenas nos Estados Unidos, mas também nas relações internacionais como um todo.
Impactos da Eleição Americana de 2024 na Diplomacia com o Brasil
Por outro lado, o candidato republicano Donald Trump se comprometeu a criar barreiras alfandegárias para produtos estrangeiros, além do distanciamento dos aliados europeus e do abandono das iniciativas globais de combate às mudanças climáticas. Qualquer que seja a escolha dos americanos no dia 5 de novembro, ela será determinante para a maneira como o Brasil se relaciona diplomaticamente com os EUA — os dois países mais populosos e mais ricos do continente.
Impactos da Escolha dos Americanos nas Eleições de 2024
Trump: America First
A Convenção Nacional Republicana acabou na quinta-feira (18) após quatro dias de uma apoteose conservadora que consolidou a chapa Donald Trump-JD Vance na busca pelo retorno do movimento MAGA (Make America Great Again) à Casa Branca. O evento termina, também, em meio a um cenário de favoritismo de Trump em relação ao candidato à reeleição, Joe Biden, que precisou se afastar dos eventos de campanha na quarta-feira (17) depois de ter um diagnóstico confirmado de Covid-19. Mas como uma possível volta dos republicanos à Presidência pode alterar as relações diplomáticas dos EUA com o Brasil e com a América Latina?
Posição Oficial do Partido Republicano e as Políticas da Coalizão Conservadora
Primeiro, ainda não há uma posição oficial do Partido Republicano em relação ao Brasil. O documento que guia as políticas da coalizão conservadora nesta eleição, chamado de Projeto 2025, conta com pouco mais de 30 páginas relacionadas à diplomacia. A relação dos EUA com o Brasil não é citada em nenhuma delas. Ainda assim, o Projeto 2025 aponta a visão que os conservadores querem para a região da América Latina como um todo, pedindo por possíveis parcerias bilaterais no combate à imigração direcionada aos EUA.
Para Bruna Santos, diretora do Brazil Institute do think tank americano Wilson Center, a melhor forma de avaliar os impactos de uma possível volta de Trump à Casa Branca é olhar para os efeitos do seu primeiro mandato — marcado pela incerteza nas relações diplomáticas e pelo desprezo às alianças já consolidadas entre os países próximos aos EUA. Na América Latina como um todo, ‘esse estilo de governança poderia resultar em maior polarização e desconfiança. Uma vitória de Trump-Vance nas eleições de 2024 traria uma abordagem mais unilateral e transacional à política externa, enfraquecendo alianças, promovendo divisões internas na região e potencialmente exacerbando crises humanitárias e políticas’, afirma Santos.
Visão dos Conservadores e os Efeitos do Primeiro Mandato de Trump
Já para o Brasil, especificamente, o risco é multifacetado, indica Santos. Trump promete criar uma tarifa universal a produtos importados, o que incluiria a produção brasileira de petróleo, aeronaves, aço, café e celulose. Segundo estimativa publicada pelo Departamento de Estado dos EUA, o envio de produtos do Brasil aos EUA é.
Fonte: @ CNN Brasil