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Um exame de DNA vinculou um homem ao maior roubo da história de Santos (SP), resultando na condemnação dele a 172 anos e oito meses, regime inicial fechado. Obtida pelo Banco Nacional de Perfis Genéticos, a prova genética identificou cenários delitivos, sendo praticamente idênticos, compares e modo operação. Legálidade e coleta material forenses, pericia de DNA, sendo o roubo o maior cenário delivios.
Recentemente, a análise do DNA foi fundamental para solucionar um caso de assassinato que intrigava a polícia há anos. A descoberta da correspondência genética entre o suspeito e o material genético encontrado na cena do crime foi crucial para a sua prisão.
A genética forense tem se mostrado uma ferramenta poderosa na identificação de criminosos e na resolução de casos complexos. Os avanços nos métodos de exame genético têm revolucionado a investigação criminal, trazendo justiça às vítimas e suas famílias.
Juiz destaca a importância do DNA na identificação de criminosos
O juiz Bruno Nascimento Troccoli, da 6ª Vara Criminal de Santos, ressaltou na sentença a relevância do exame genético de DNA como prova crucial em processos criminais. A decisão refere-se ao roubo milionário ocorrido em abril de 2016, no qual uma megaquadrilha atacou uma empresa de transporte de valores, resultando no roubo de R$ 12,1 milhões e na morte de três pessoas, incluindo dois policiais militares.
A sentença enfatizou a precisão do DNA na identificação dos envolvidos no crime, destacando a obtenção legal do material genético do acusado para análise. O promotor José Mário Buck Marzagão Barbuto, em audiência, reforçou a importância da genética forense na elucidação do caso, enquanto o defensor público Carlos Eduardo Afonso Rodrigues questionou a legalidade da coleta do material genético, buscando a absolvição do réu.
Troccoli reiterou que a perícia genética seguiu todos os protocolos legais, incluindo o consentimento do réu para a coleta da amostra biológica. O juiz afirmou que as evidências apresentadas no processo respeitaram os princípios do devido processo legal e da ampla defesa, refutando a alegação de insuficiência de provas.
O magistrado sublinhou a relevância dos Perfis Genéticos do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) na investigação criminal, mencionando que mais de 191,7 mil perfis estão cadastrados no banco. Ele apontou a ligação do réu com os crimes, ressaltando a similaridade nos modus operandi dos ataques, a escolha da mesma empresa como alvo e a participação de um indivíduo nos delitos.
Após o roubo em Santos, uma filial da empresa foi atacada no Paraguai, resultando no maior assalto da história do país, no valor de US$ 11,7 milhões. O réu passou a ser suspeito desses crimes após sua captura em 2023, quando consentiu em fornecer material genético para análise de DNA, fortalecendo as evidências contra ele. A condenação foi baseada em provas sólidas obtidas por meio da genética forense, reforçando a importância do DNA na identificação de criminosos.
Fonte: © Conjur