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No Febraban painel, CEOs incumbentes defendem tema da reguladora de mercado de carbono, após revelados falsos documentos da Polícia Federal. Crise sem precedentes, forças naturais, agenda climática, maior protagonismo para instituições, compensação ambiental, risco climático, mercado de crédito, grande interesse de empresas. Avanço de regulização do mercado de carbono, apoiar clientes na transição, aquisição de 80% de WayCarbon.
Diante dos recentes desafios enfrentados pelo Rio Grande do Sul devido às condições climáticas extremas, os representantes das principais instituições financeiras do Brasil reforçaram a importância de priorizar a agenda climática em suas estratégias, buscando medidas efetivas para lidar com os impactos das mudanças no clima. A necessidade de ações concretas e urgentes para mitigar os efeitos das enchentes e outros eventos climáticos adversos foi destacada durante o encontro realizado nesta terça-feira, 25 de junho.
Além disso, os líderes financeiros ressaltaram a relevância de integrar a agenda ambiental e a agenda de mudança climática em suas operações diárias, promovendo investimentos sustentáveis e incentivando a transição para uma economia de baixo carbono. A busca por soluções inovadoras e alinhadas com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa se tornou uma prioridade para as instituições, que reconhecem a urgência de adotar práticas mais responsáveis e resilientes diante dos desafios climáticos em curso.
Agenda Climática em Destaque na Fala dos CEOs dos Principais Bancos Brasileiros
O CEO do Santander Brasil, Mario Leão, enfatizou a importância de elevar o tema do risco climático após os eventos no Rio Grande do Sul. Durante o Febraban Tech, em São Paulo, Leão ressaltou a necessidade de uma atuação proativa na agenda climática. Ele destacou que a natureza está fazendo um grande chamamento e que é crucial agir com mais vigor nesse sentido.
No contexto mais amplo, os presidentes dos bancos reconhecem o potencial do Brasil em se tornar uma referência global na agenda climática. Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, mencionou a matriz elétrica limpa do país como uma vantagem competitiva, conferindo uma posição privilegiada no cenário ambiental. Noronha ressaltou a importância de impulsionar a descarbonização e avançar na regularização do mercado de crédito de carbono, que pode movimentar cerca de US$ 120 bilhões até 2030.
A discussão sobre a regulamentação do mercado de crédito de carbono ganha destaque em meio a recentes revelações de fraudes no mercado voluntário. A operação da Polícia Federal expôs a utilização de documentos adulterados por parte do crime organizado para vender compensações ambientais a grandes empresas. Esses eventos ressaltam a urgência de uma regulamentação mais rígida nesse setor.
Os líderes dos principais bancos do Brasil enfatizaram a importância de adotar a agenda climática de forma colaborativa. O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, destacou a necessidade de cooperação entre as instituições financeiras em prol de projetos sustentáveis e de transição. O banco se comprometeu a contribuir com R$ 400 bilhões em operações de crédito e mercado para impulsionar a economia verde, demonstrando um compromisso de longo prazo com a transição climática.
Além disso, os bancos estão incorporando critérios ambientais e sociais em suas práticas, como no caso do Santander, que inclui questões ambientais no score de crédito dos clientes. A aquisição da consultoria WayCarbon pelo Santander também evidencia o foco em elementos técnicos para apoiar os clientes na transição para uma economia mais sustentável.
A agenda climática também está sendo impulsionada pelos bancos públicos, como a Caixa, que criou a vice-presidência de sustentabilidade e cidadania digital. Enquanto isso, o Banco do Brasil, representado por Tarciane Medeiros, destaca a importância da agenda de finanças verdes, mesmo não comparecendo ao evento. Essas ações refletem o crescente protagonismo das instituições financeiras na agenda climática e na transição para uma economia mais sustentável.
Fonte: @ NEO FEED