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Empregos no setor privado cresceram para 152mil em maio, menor que o esperado de 175mil em abril (188mil revidados). Mercado de trabalho desacelera; salário, juros e inflação paraquels permaneceram. Bolsas de trabalho em abertas, de fraqueza.
A quantidade de oportunidades de emprego geradas no mercado privado em junho apresentou uma leve desaceleração, encerrando o mês com um total de 140 mil novos postos de trabalho. Esse número representa uma queda em relação aos 165 mil empregos criados em maio, surpreendendo os especialistas que previam um aumento para 180 mil empregos em junho, conforme apontado em um relatório recente da ADP (Automatic Data Processing).
No atual cenário de mercado de trabalho, é essencial analisar de perto os dados relacionados ao desemprego e à criação de empregos. Com a expectativa de um maior crescimento empresarial nos próximos meses, é fundamental que as empresas estejam atentas às oportunidades de expansão e contratação de novos colaboradores para impulsionar a economia.
O mercado de trabalho americano e a desaceleração do emprego
Esses dados, que antecipam a divulgação completa na sexta-feira (7), às 9h30, revelam insights importantes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Os ganhos salariais anuais para aqueles que mudaram de emprego apresentaram uma queda pelo segundo mês consecutivo. Enquanto o salário dos que optaram por mudar de emprego registrou um aumento de 7,8%, o crescimento salarial para os que permaneceram no mesmo emprego permaneceu estável, mantendo-se em 5% pelo terceiro mês consecutivo.
Nela Richardson, economista-chefe do ADP, destaca que os ganhos de emprego e o crescimento salarial estão em declínio no segundo semestre do ano. Ela ressalta que, embora o mercado de trabalho seja robusto, é crucial monitorar os bolsões de fraqueza que afetam tanto os produtores quanto os consumidores. Esses sinais de enfraquecimento ou de força no mercado de trabalho são indicativos da possibilidade de cortes de juros no país.
Qualquer movimento equivocado do Federal Reserve (o Fed), o banco central americano, pode acarretar em mais inflação. A redução das taxas de juros pode impulsionar ainda mais o consumo dos trabalhadores, impactando diretamente o custo de vida. Atualmente, o Fed enfrenta desafios para atingir a meta inflacionária de 2% ao ano.
O relatório ‘Job Openings and Labor Turnover Survey’ (Jolts), divulgado recentemente, reforça a percepção de que o mercado de trabalho está gradativamente desacelerando. Os números revelam que o número de vagas de emprego em aberto nos EUA teve uma queda em abril, chegando a 8,1 milhões, em comparação com os 8,4 milhões revisados de março (originalmente 8,5 milhões) e os 8,8 milhões registrados em fevereiro. Esses dados ficaram abaixo das expectativas dos analistas, que aguardavam 8,3 milhões de vagas, e representam o menor nível desde fevereiro de 2021.
A reação a esses dados foi imediata, com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caindo, o que impulsionou levemente a alta das bolsas de Nova York. A análise dessas informações é essencial para compreender o panorama atual do mercado de trabalho e as perspectivas de crescimento empresarial em um cenário de desaceleração do emprego.
Fonte: @ Valor Invest Globo