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“Primeira etapa escolar: interventions efectivas, aceitas por crianças. Em Brasil, obesidade infantil é preocupante. Promoção da saúde: gestão emotiva, aquisição de habitos saudáveis, conhecimento corpo-coração. Alimentos, vida ativa, específicos interventions.”
Ensinar hábitos alimentares saudáveis desde cedo é essencial para garantir uma boa saúde ao longo da vida. Um novo estudo divulgado na revista Scientific Reports mostrou que crianças que aprendem desde cedo a se alimentarem de forma saudável têm menos chances de desenvolver obesidade na idade adulta. A pesquisa, realizada em uma pequena cidade do interior, acompanhou mais de 500 crianças ao longo de cinco anos.
Além de ensinar os costumes alimentares saudáveis, é importante também incentivar a prática regular de atividades físicas. Um estilo de vida ativo aliado a uma alimentação balanceada pode reduzir consideravelmente os riscos de doenças crônicas. Nesse sentido, as escolas desempenham um papel fundamental em promover a saúde dos alunos, orientando sobre a importância de manter hábitos saudáveis desde a infância.
Ensinar sobre Hábitos Alimentares Saudáveis: Chave para a Promoção da Saúde
Os resultados indicam que a ensinar, hábitos alimentares, saudáveis pode ser mais benéfico do que intervenções realizadas em fases posteriores. O estudo foi realizado em diferentes escolas, divididas em quatro grupos distintos. Um grupo de 12 escolas implementou um programa de promoção da saúde ao longo dos seis anos do ensino fundamental, com foco na gestão das emoções, aquisição de hábitos alimentares saudáveis, vida ativa e conhecimento do corpo e do coração.
Outros dois grupos seguiram a mesma intervenção, porém por apenas três anos cada: um grupo durante os primeiros anos e o outro nos anos finais do ensino fundamental. O último grupo não recebeu nenhuma intervenção específica relacionada à saúde. Durante a pesquisa, foram feitas várias medições detalhadas da saúde cardiovascular das crianças, com idades entre 6 e 12 anos.
Os resultados principais mostraram que as crianças expostas à intervenção nos primeiros três anos do ensino fundamental apresentaram menor ganho de peso, menores aumentos do índice de massa corporal (IMC) e menor acúmulo de gordura abdominal em comparação com os demais grupos. O início precoce das práticas saudáveis pode contribuir para a manutenção desses hábitos ao longo da vida, já que as crianças mais novas tendem a ser mais receptivas a novas mudanças.
Segundo Rodrigo Fernández-Jiménez, chefe do laboratório de Saúde Cardiovascular e Imagem do CNIC, qualquer intervenção que promova a saúde das crianças é valiosa, especialmente se implementada amplamente, sem efeitos adversos. A escola é considerada um ambiente ideal para a implementação de programas de promoção da saúde, porém, muitas vezes os resultados de intervenções anteriores foram inconclusivos.
No Brasil, a obesidade infantil é uma questão relevante e complexa, influenciada por diversos fatores genéticos, individuais, comportamentais e ambientais. Estudos do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional revelam que até setembro de 2022, mais de 340 mil crianças entre 5 e 10 anos foram diagnosticadas com obesidade. A região Sul do país possui o maior percentual de crianças obesas nessa faixa etária, seguida pelo Sudeste. A APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças em 2021, ressaltando a importância de programas de promoção da saúde desde cedo.
Fonte: @ Veja Abril