Na Nova Caledônia, uma lei eleitoral contesta: descendentes e habitantes antigos reclamam voto paraquês chegaram depois de 1998. Estado de emergência: quatro mortes, centenas feridos. Authoridades locais: protestos, TikTok, violência intolerável. App bloqueado. Exército restaura ordenanças, segurança em portos e aeroportos. Normas de emergência, maiores poderes, trânsito proibido, prisões domiciliares, buscas. 270mil habitantes, Assembleia Nacional e Câmara de Deputados francesa, reforma do censo, eleitoral: instituições locais, toque de queda obrigatório, proibir reuniões, escolas e aeroporto fechados. Graves problemas: incêndios, saques, milícias armadas atacam.
O anúncio do governo francês nesta quarta-feira (15) de um estado de emergência na região da Nova Caledônia marca um momento crucial diante dos recentes distúrbios que abalaram a ilha. Os confrontos em meio à controvérsia sobre a reforma do censo eleitoral resultaram em quatro vítimas fatais e uma grande quantidade de feridos, levando a uma ação imediata das autoridades para conter a situação.
Diante da emergência vivenciada na Nova Caledônia, a proibição do aplicativo TikTok foi uma das medidas adotadas pelas autoridades locais para tentar restaurar a ordem e a segurança na região. A restrição do uso da plataforma de vídeos visa conter possíveis novos episódios de violência e garantir a estabilidade do estado durante esse período crítico.
Estado de Emergência na Nova Caledônia: Violência Intolerável e Restauração da Ordem
Segundo as autoridades, no ano anterior, uma série de tumultos abalou a França continental, e nesse momento, o aplicativo foi utilizado pelos envolvidos nesses eventos para se coordenarem e intensificar a desordem, atraindo indivíduos violentos para as ruas. O TikTok ainda não se manifestou. O Palácio do Eliseu, sede do governo francês, declarou que a ‘violência é intolerável e será alvo de uma resposta incansável para assegurar a restauração da ordem’.
O exército foi mobilizado para garantir a segurança nos portos e aeroportos da Nova Caledônia. As diretrizes do estado de emergência entraram em vigor às 5h de quinta-feira, horário local (15h de Brasília desta quarta-feira). ‘O Estado terá maiores poderes para manter a ordem’ e poderá ‘impor proibições de trânsito, prisões domiciliares e buscas’, afirmou a porta-voz do governo, Prisca Thévenot.
A Nova Caledônia é um território colonizado pelos franceses no século XIX, um arquipélago no Oceano Pacífico com 270 mil habitantes. Os protestos tiveram início na segunda-feira, quando a Assembleia Nacional, a Câmara dos Deputados francesa, começou a discutir a reforma do censo eleitoral. Atualmente, somente os eleitores recenseados em 1998 e seus descendentes podem participar das eleições regionais.
Os independentistas argumentam que a expansão do censo eleitoral, permitindo que aqueles que se estabeleceram mais recentemente votem, resultará na diminuição da influência proporcional do povo Kanak, os habitantes originais, que possuem amplos poderes transferidos por Paris, nas instituições locais.
Após uma primeira noite de sérios distúrbios na segunda-feira, com incêndios criminosos, saques e confrontos com a polícia, as autoridades do território implementaram sem sucesso um toque de recolher obrigatório, proibiram encontros públicos e fecharam escolas e o principal aeroporto. No entanto, os ‘graves problemas de ordem pública’ persistiram na terça-feira, com ‘incêndios e saques a empresas, infraestruturas e estabelecimentos públicos’, conforme relatado pelo Alto Comissário – representante do Estado francês – Louis Le Franc. ‘Imaginem o que ocorreria se as milícias começassem a disparar contra pessoas armadas’, alertou ele.
As autoridades francesas informaram que quatro pessoas perderam a vida, incluindo um policial de 22 anos que foi baleado, e que há ‘centenas’ de feridos, incluindo ‘cem’ agentes das forças de segurança. Os protestos contra a reforma não interromperam o processo parlamentar em Paris. Na madrugada desta quarta-feira, os deputados aprovaram o texto, assim como os senadores em abril. No entanto, por se tratar de uma reforma constitucional, também deverá passar pela votação conjunta das duas câmaras e obter mais de 60% de apoio para ser definitivamente aprovada. Macron afirmou que convocaria essa sessão ‘antes do final de junho’, a menos que os defensores da independência da Nova Caledônia e os favoráveis à
Fonte: © G1 – Globo Mundo