Militantes rebeldes atacam navios no Mar Vermelho em protesto ao conflito em Gaza, afetando a segurança energética global.
O governo dos Estados Unidos confirmou hoje a destruição de 10 drones e um míssil lançados pelos rebeldes Houthis, no Iêmen. A ação visou neutralizar as ameaças que representam para navios no Mar Vermelho, além de atingir uma base de controle dos insurgentes.
Essa intervenção foi justificada como uma medida de proteção aos interesses do país norte-americano na região, visando garantir a segurança das rotas de navegação e coibir a atuação dos terroristas. A ação demonstra a determinação dos EUA em combater ameaças à estabilidade regional e internacional.
Ataques dos rebeldes no Mar Vermelho e a postura dos Estados Unidos
Rebatendo ameaças e a segurança energética global
O Centcom também informou que obstruiu um míssil balístico lançado pelos Houthis e três drones iranianos em um período de menos de uma hora. Desde novembro, os rebeldes têm realizado ataques a navios que transitam pelo Mar Vermelho, em protesto à guerra entre Israel e o Hamas, um aliado dos Houthis, na Faixa de Gaza.
Eles prometeram manter os ataques até que Israel interrompa o conflito em Gaza e alertaram que retaliariam contra navios de guerra dos Estados Unidos se forem alvo. O Mar Vermelho é uma via entre a Península Arábica e a África; no Estreito de Babelmândebe, a separação entre os dois continentes é de apenas 30 quilômetros.
O Iêmen está localizado em uma das extremidades do estreito. É lá que se encontra o Canal de Suez, a principal ligação entre a Ásia e a Europa. Esta rota marítima, que inclui o Mar Vermelho e o canal, é crucial para as cadeias de abastecimento de mercadorias em todo o mundo. A Agência de Energia dos EUA (EIA) destaca que o local é essencial para a segurança energética global e para o fornecimento de matéria-prima e mercadorias.
Aproximadamente 50 embarcações atravessam esta passagem diariamente, transportando uma grande variedade de produtos. Segundo a Associação de Imprensa Associada, cerca de 10% das mercadorias comerciadas em todo o mundo passam por este canal. De acordo com o Conselho Mundial de Transporte Marítimo, as embarcações economizam 9 mil quilômetros através desta rota.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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