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Sexta-feira, 14: anúncio de evento cósmico. Anã branca ou gigante vermelha, binário estelar intensivo. Reações termonucleares, campo gravitacional forte, hidrogênio limite, colossal sistema estelar. Detectável por dias: anã branca (150 caracteres)
Em meio ao silêncio da noite, uma explosão de cores e luzes irá iluminar o céu, deixando todos maravilhados com tamanha beleza. A explosão será tão intensa que poderá ser vista a quilômetros de distância, transformando a escuridão em um espetáculo de tirar o fôlego.
Essa nova e incrível explosão celeste é comparável a uma bomba termonuclear de criatividade, espalhando inspiração e admiração por onde passa. Em um instante, o mundo será envolto por essa energia única, marcando um momento inesquecível para todos os que testemunharem essa grandiosa manifestação da natureza.
Exploração de uma Explosão Estelar: A Nova Termonuclear
Trata-se de uma explosão estelar conhecida como ‘nova termonuclear’. A Nasa anunciou recentemente que um fenômeno astronômico deste tipo em breve será visível a olho nu por vários dias. Núcleo da Terra está desacelerando e duração do dia pode mudar, sugere estudo. Esferas de Dyson: conheça as estruturas que podem indicar ação de alienígenas. Geada é detectada em vulcões de Marte pela primeira vez. Um novo (e efêmero) ponto de luz no céu. Esse evento raro, mas espetacular, consiste em um aumento repentino de brilho em uma determinada região do espaço. Da Terra, parecerá que uma estrela apareceu de repente. Ela surgirá na pequena constelação Corona Borealis, numa localização a cerca de 3.000 anos-luz da Terra. Várias das estrelas mais brilhantes dessa constelação abrigam sistemas planetários, incluindo Negolu, um planeta semelhante a Júpiter cuja atmosfera contém vapor de água. É nesse trecho do céu que surgirá um novo ponto de luz, resultado de uma explosão estelar em um sistema binário composto por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha. Como e quando essas explosões do tipo nova se originam, e qual será a aparência desse novo objeto no céu? Uma explosão termonuclear. Uma nova estrela não está se formando, nem se trata de uma ‘morte estelar’ (como é o caso em eventos como uma supernova). O brilho observado é o resultado de reações termonucleares em um sistema binário de duas estrelas orbitando uma a outra: o sistema T Coronae Borealis (T Cr). Uma das estrelas é uma anã branca (denominada T CrB) com massa semelhante à do Sol e diâmetro cerca de 100 vezes menor, circunstância que dá origem a um intenso campo gravitacional. Sua estrela companheira, a gigante vermelha denominada T CrA, está perdendo matéria (principalmente hidrogênio) devido à forte atração gravitacional da T CrB. E este hidrogênio está sendo gradualmente depositado na superfície da anã branca. Como resultado, a concentração de hidrogênio na anã branca aumenta constantemente e há um aumento de pressão e calor até que ela atinge um limite. A estrela então entra em erupção numa colossal explosão termonuclear, semelhante às detonações de bombas de fusão atômica aqui na Terra. Depois deste episódio violento, a estrela anã retornará ao seu estado original, voltando a capturar hidrogênio de sua companheira até que a explosão de nova se repita em cerca de 80 anos. É por isso que é tão difícil testemunhar esse evento duas vezes em uma vida. Nova recorrente ou periódica. Normalmente, não podemos prever com certeza quando ocorrerá uma explosão estelar desse tipo. No entanto, há um pequeno grupo de sistemas binários de anãs brancas que geram novas periodicamente, ou seja, elas se repetem em ciclos de algumas décadas. Estamos falando de novas recorrentes ou periódicas e, felizmente, o sistema da T CrB pertence a esse seleto clube. Além de conhecer a periodicidade em que a anã branca captura hidrogênio até o limite, os pesquisadores têm outras pistas sobre a iminência do evento dessa nova. Assim, de acordo com o cientista da
Exploração da Explosão Estelar: A Nova Termonuclear em Detalhes
NASA, a próxima explosão estelar do tipo ‘nova termonuclear’ será um espetáculo de magnitude incomparável. A interação entre a anã branca e a gigante vermelha no sistema binário T Coronae Borealis é um exemplo impressionante de como o universo pode nos surpreender com sua beleza e violência. A explosão termonuclear, que ocorre de forma cíclica a cada 80 anos, é um fenômeno que desafia nossa compreensão da física estelar. A intensidade das reações termonucleares nesse sistema binário é tão extrema que gera uma explosão colossal, capaz de iluminar o céu por dias a fio. A anã branca, com seu intenso campo gravitacional, desencadeia um processo de captura de hidrogênio da gigante vermelha, culminando em uma reação em cadeia que resulta na explosão espetacular que observamos como uma ‘nova’. A recorrência periódica desse evento nos lembra da imprevisibilidade e da grandiosidade do cosmos, onde forças invisíveis moldam o destino das estrelas. A cada nova explosão, testemunhamos a renovação e a transformação desses corpos celestes, em um ciclo eterno de destruição e renascimento. A ‘nova termonuclear’ no sistema T Coronae Borealis é um lembrete humilde de nossa posição insignificante diante da vastidão do universo, mas também da nossa capacidade de desvendar seus mistérios mais profundos.
Fonte: © CNN Brasil