Indonésia tem a terceira maior democracia do mundo, com 205 milhões de eleitores, mais do que a população brasileira. Maior votação em um único dia.
A Indonésia, país do sudeste asiático com mais de 17 mil ilhas, realizou eleições para escolher um novo presidente. Prabowo Subianto, ex-general que concorreu ao cargo, declarou-se vencedor antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A população aguarda ansiosamente pelo anúncio das autoridades eleitorais sobre o futuro político do país.
O processo eleitoral na Indonésia é acompanhado de perto pela comunidade internacional, devido à importância do país no cenário político global. A expectativa é que a transição de poder ocorra de forma pacífica e democrática, garantindo a continuidade do desenvolvimento da nação.
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Ainda sem admissão de vitória dos principais concorrentes
Os dois principais concorrentes na Indonésia ainda não reconheceram a vitória de Subianto. O candidato, de 72 anos, participou de um comício na capital do país, Jacarta, declarando-se vencedor com base em uma contagem rápida e não oficial. A situação política do país continua indefinida, aguardando os resultados oficiais e a definição do novo presidente.
Terceira maior democracia do mundo em destaque na votação
Considerada a terceira maior democracia do mundo, a Indonésia é conhecida pela magnitude de sua votação em um único dia, superando a Índia e os Estados Unidos. Com 205 milhões de eleitores, o país realizou uma eleição que durou seis horas, envolvendo uma logística complexa devido à sua vasta extensão territorial, com milhares de ilhas. A contagem dos votos, realizada por amostragem, reflete a precisão do sistema eleitoral indonésio.
Com base em pesquisas de boca de urna, Subianto obteve cerca de 57% dos votos, sendo necessário ultrapassar os 50% para vencer no primeiro turno. A apuração final dos resultados pode levar até um mês para ser concluída, trazendo expectativas e especulações sobre o futuro político do país.
Ex-general da ditadura com estratégia de ‘rebranding’ nas eleições
Descendente de uma linhagem política controversa, Subianto, ex-general da ditadura de Hadji Suharto, adotou uma estratégia moderna de campanha nas eleições. Conhecido por sua atuação durante a ditadura, Subianto buscou se aproximar do público através das redes sociais, apresentando-se como um ‘vovô das dancinhas’ e prometendo criação de empregos.
Apesar de sua história controversa, Subianto conseguiu conquistar parte do eleitorado, destacando-se como um possível sucessor político do atual presidente, Joko Widodo. O envolvimento de familiares na campanha, como o filho de Jokowi, Gibran Rakabuming Raka, como vice de Subianto, gerou discussões sobre a legalidade da candidatura devido à idade mínima exigida.
Com a economia indonésia em crescimento e diversos projetos de infraestrutura em andamento, incluindo a mudança da capital do país para a ilha de Bornéu, a política local continua sendo um tema central de debates e especulações. As eleições na Indonésia refletem não apenas a diversidade política do país, mas também a complexidade de seu sistema eleitoral e as nuances de sua história política.
Fonte: © G1 – Globo Mundo