Juíza Eucília Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, absolveu sumariamente Marquinhos Trad, ex-prefeito, por falta de provas em inquéritos de polícia civil pelos supostos crimes de artigo 288 (homicídio) e 215-A (corrupção passive) do Código Penal. Defesas: Maíra Fernandes e João Vicente. Tinoco, restantes acusações.
A juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, decidiu absolver sumariamente o ex-prefeito Marquinhos Trad devido à falta de provas concretas de assédio sexual. A decisão impactou diretamente na campanha política de Trad para governador de Mato Grosso do Sul em 2022, gerando repercussão na opinião pública.
Apesar da absolvição em relação ao assédio sexual, o caso ainda levanta questões sobre possíveis situações de abuso sexual que podem ter ocorrido. A investigação continua em andamento para esclarecer todos os detalhes e garantir a justiça para as partes envolvidas.
Justiça de Mato Grosso do Sul absolve Marquinhos Trad de acusações de assédio sexual
A controvérsia que envolveu o político Marquinhos Trad teve início com a Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que recebeu denúncias de assédio sexual. Autoridades instaram a população a denunciar Trad por supostos abusos. Durante a investigação, diversos detalhes do inquérito foram divulgados para a imprensa, embora o processo estivesse sob segredo de Justiça.
No desfecho do caso, a juíza responsável afirmou que não houve comprovação dos crimes de favorecimento da prostituição ou qualquer outra forma de exploração sexual, conforme previsto no artigo 288, caput, do Código Penal, nem de importunação sexual, conforme o artigo 215-A do Código Penal.
A defesa de Marquinhos Trad foi conduzida pela advogada Maíra Fernandes e pelo advogado João Vicente Tinoco. Maíra expressou pesar pelos danos causados ao político devido às acusações infundadas. Ela ressaltou que, após dois anos, o Judiciário finalmente rejeitou por completo as denúncias, evidenciando a falta de fundamentos nas alegações do Ministério Público.
Durante a campanha eleitoral, Trad, que liderava as pesquisas, acabou em sexto lugar na disputa pelo governo. A defesa ressaltou que o estrago provocado pelas acusações e pela exposição na mídia prejudicaram a reputação do político de forma irreparável.
Durante a fase de inquérito, a Justiça de Mato Grosso do Sul arquivou 14 acusações por falta de evidências. Uma das supostas vítimas voltou atrás em suas alegações, revelando que ela e suas amigas foram abordadas por indivíduos ligados ao governador Reinaldo Azambuja, que teriam oferecido dinheiro em troca das denúncias. No entanto, tais fatos não foram investigados pela Polícia Civil, o que gerou questionamentos por parte da defesa.
O advogado João Vicente Tinoco destacou a existência de áudios, mensagens de WhatsApp e fotos nos celulares das mulheres, assim como comprovantes de pagamento, que indicavam que os antigos desafetos teriam manipulado as supostas vítimas para fornecerem falsos testemunhos de assédio sexual. O Ministério Público apresentou denúncias referentes a sete acusações, das quais cinco foram prontamente rejeitadas.
A 3ª Vara Criminal de Campo Grande absolveu Marquinhos Trad das duas últimas imputações pendentes. A advogada Maíra Fernandes lamentou que a mãe de seu cliente, Teresinha Mandetta Trad, tenha falecido devido ao estresse causado pela injustiça e pelo escândalo. Ela ressaltou que as falsas acusações não prejudicaram apenas seu cliente, mas também a luta das mulheres contra a violência.
O processo, sob o número 0030589-93.2022.8.12.0001, encerrou-se com a absolvição de Marquinhos Trad, mas deixou marcas profundas na vida das pessoas envolvidas. A batalha pela verdade e pela justiça continua, enquanto as consequências do assédio sexual e das acusações infundadas ecoam na sociedade.
Fonte: © Conjur