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Wisk Aero busca órgãos reguladores para certificar transporte de passageiros até 2026. Joint venture busca aprovados serviços, baixando custos para operadores. Relatório: lucratividade garantida para certificação de 2026.
A Wisk Aero está avançando com seu projeto de táxi aéreo autônomo, com planos de iniciar o transporte de passageiros até o final da década. A empresa, controlada pela Boeing, está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades regulatórias dos Estados Unidos para garantir todas as aprovações necessárias para o serviço. Apesar das dúvidas levantadas por analistas sobre os prazos de certificação, a Wisk Aero mantém seu compromisso com a inovação e a segurança.
O mercado de aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem verticais (eVtol) está em crescimento, com diversas empresas buscando oferecer soluções de transporte mais sustentáveis para áreas urbanas congestionadas. A Wisk Aero destaca-se como um dos principais fabricantes nesse segmento, investindo em tecnologia de ponta e na eficiência energética de suas aeronaves. A colaboração entre empresa e órgãos reguladores é fundamental para impulsionar o desenvolvimento de novas soluções de mobilidade aérea.
Wisk, Aero;: Inovação no Setor de Aeronaves Autônomas
As empresas do ramo de automóveis voadores enfrentam desafios significativos ao convencer os órgãos reguladores e o público sobre a segurança de suas aeronaves. Essa barreira torna-se ainda mais complexa quando se trata de veículos autônomos. A Wisk, renomada fabricante de aeronaves, está atualmente em processo de desenvolvimento de uma aeronave autônoma de quatro lugares, com um impressionante alcance de 145 quilômetros.
‘Estamos avançando nos testes e na produção dos componentes dessa aeronave, com a expectativa de que ela esteja pronta para voar até o final deste ano’, afirmou Brian Yutko, presidente-executivo da Wisk, durante a prestigiada feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra.
A estratégia adotada pela Wisk difere das abordagens de outros fabricantes de táxi aéreo, que estão focados no desenvolvimento de modelos que exigirão a presença de um piloto para operar a aeronave. A empresa destaca que os operadores de suas aeronaves poderão economizar consideravelmente nos custos com pilotos.
Por outro lado, a fabricante de aeronaves elétricas Eve, pertencente à renomada Embraer, recentemente apresentou o protótipo em escala real de seu ‘táxi voador’. Este avanço representa um marco importante para a empresa, que almeja obter a certificação necessária para iniciar as operações em 2026.
De acordo com especialistas do setor, a expectativa é que não ocorra voos de passageiros totalmente autônomos antes do final da década de 2030. Além disso, as aeronaves sem piloto enfrentarão uma forte concorrência dos veículos autônomos que circulam nas estradas. Para garantir a lucratividade dos operadores, será essencial maximizar a ocupação de passageiros e evitar voos de retorno com aeronaves vazias, conforme apontado por Mattia Celli, um dos autores do relatório da Bain.
A Wisk, com sede em Mountain View, Califórnia, tem uma história marcante. Anteriormente, era uma joint venture entre a Boeing e a Kitty Hawk Corp., mas no ano passado tornou-se uma subsidiária integral da renomada fabricante de aviões norte-americana. O futuro promissor das aeronaves autônomas certamente continuará a moldar o cenário da aviação nos próximos anos.
Fonte: © CNN Brasil