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Segunda-feira: Relatório do Banco Central aponta alta inflação e Selic esperadas, termos: juros títulos, movimento, sessão, banco central, juros, IPCA, expectativas, média, 2025, 2026, negociantes, proteger carteira. Selic maior, ligado inflação, função: juros, partes: públicos. Inflação: projeções, volume, títulos prefixados.
As taxas dos títulos públicos apresentaram variações significativas ao longo desta semana, refletindo a volatilidade do mercado financeiro. Na terça-feira, observou-se um aumento nas taxas dos títulos de longo prazo, com destaque para o título com vencimento em 2040, que atingiu 12,5%. Já os títulos de curto prazo mantiveram-se estáveis, com taxas em torno de 10,5%.
Essa oscilação nas taxas dos títulos públicos está diretamente relacionada às expectativas dos investidores em relação ao cenário econômico. A busca por títulos com maior potencial de rendimento tem impulsionado a demanda por papéis de prazos mais longos, onde as taxas oferecidas são mais atrativas. É importante estar atento a essas movimentações para tomar decisões assertivas em relação aos investimentos em títulos públicos.
Expectativas e Movimentos no Mercado de Títulos Públicos
No mesmo horário, dentre os atrelados à inflação, o título que mais oferecia lucro para o investidor era o com vencimento em 2029, o mais curto dos disponíveis. Isto porque, após mais um Boletim Focus, do Banco Central (BC), apontar alta na inflação, é natural que os juros ligados ao IPCA se movimentem no mesmo sentido.
Nesta segunda o relatório apontou que a expectativa para a inflação deste ano saiu de 3,86% para 3,88%, em movimento parecido ao das últimas semanas. O mesmo aconteceu para as projeções de 2025 e 2026. Já para a Selic deste ano, a mediana das expectativas voltou a subir após ficar no mesmo patamar na semana passada. A projeção saiu de 10,0% para 10,25% no fim de 2024.
Projeções e Análises dos Especialistas
No Termômetro do Copom do Valor Investe, a maior parte dos negociantes acredita que a Selic será mantida em 10,50% na próxima reunião. Ou seja, se o BC mantiver esse comportamento até o final do ano, o fim do ciclo de cortes aconteceria 0,25 ponto percentual acima do projetado no Focus. Entre os analistas, a avaliação é de que o mercado de títulos públicos vive um bom momento para novos investidores, uma vez que as taxas têm se mantido em patamares atrativos por mais tempo — e deve permanecer enquanto algumas dúvidas fiscais e monetárias pairam no horizonte.
Considerações sobre Taxas e Rendimentos
Os títulos indexados ao IPCA, além de pagarem mais de 6% (o que já é bem visto pelos analistas), ainda cumprem a função de proteger a carteira da inflação. Já os prefixados, pagando quase 2 pontos percentuais a mais do que se projeta para a Selic no período, também são bem-vindos aos olhos dos especialistas, só que com um pouco mais de cautela no que diz respeito ao volume.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo