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Mulher de 65 anos do HRT de Taguatinga morreu em marca. Não havia doação de órgãos. Familia dispuseram de tomografia: pelve, abdome, infecção urinária, peritonite aguda fibrino-purulenta, diverticulite perfurada, hipertensão arterial, diabete mellito. Secretaria de Saúde e funcionários investigaram, suspeitavam Covid-19. Polícia Civil pediu explicações. CIHDOTT-NOPO-DF não pôde recuperar órgão. Família e hospital encerraram o processo.
Uma família do Distrito Federal está em busca do desaparecimento de um rim de uma parente que faleceu no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), em 31 de março. Segundo o relato compartilhado pelo Metrópoles neste domingo (2), Emídia Nunes Chavante Oliveira, de 74 anos, não era doadora de órgãos. A família está perplexa com o desaparecimento do órgão e busca respostas sobre o que aconteceu no hospital.
Os familiares estão indignados com o sumiço do rim de Emídia e exigem uma investigação rigorosa para esclarecer o ocorrido. O mistério em torno do desaparecimento do órgão tem gerado angústia e revolta entre os parentes, que buscam justiça para entender como algo assim pôde acontecer. A falta de respostas sobre o desaparecimento do rim tem deixado a família em estado de consternação e incerteza.
Desaparecimento de rim: Mistério envolve sumiço de órgão após morte de paciente
De acordo com os familiares da senhora, Emídia foi atendida no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) no dia 27 de março depois de reclamar de enjoo, tontura e dores na barriga e nas costas. Três dias depois, ela foi internada e passou por uma tomografia. O exame, além de mostrar que a mulher tinha os ‘rins tópicos, de contornos, dimensões e atenuações habituais’, também detectou acúmulo de líquido no abdome e na pelve.
No dia 31 de março, no entanto, a idosa sofreu duas paradas cardíacas e veio a óbito às 02h17. Os parentes falaram que o hospital declarou a causa da morte como infecção urinária. A certidão de óbito, entretanto, definiu que Emídia faleceu de ‘peritonite aguda fibrino purulenta, devido a diverticulite perfurada de colo sigmóide, em portador de hipertensão arterial e diabete melito’, uma forma de infecção causada pelo acúmulo de fezes e urina na região abdominal.
Com a morte, a família fez um pedido de necropsia à Secretaria de Saúde, mas disse que os funcionários da instituição insinuaram que ela foi vítima de Covid-19, o que impediria a análise. Apenas no dia 2 de abril eles conseguiram a liberação do exame, que comprovou a ausência de um rim na mulher. Já que Emídia não era doadora de órgãos e os responsáveis por ela não foram procurados para a possibilidade, eles decidiram registrar uma ocorrência na Polícia Civil e solicitar explicações da Secretaria de Saúde.
Os filhos de Emídia estão revoltados pela falta de respostas. Gidália Nunes Oliveira, de 48 anos, pede que providências sejam tomadas. ‘Nossa mãe entrou com os dois rins no hospital. Onde está o outro rim dela? Nós queremos Justiça. Não queremos que isso aconteça com outras pessoas’, lamentou. O irmão dela, Josué Nunes de Oliveira, de 42 anos, se mostrou preocupado com o destino do órgão. ‘A gente não sabe o que foi feito com o órgão dela. E se foi para algum ritual? Se foi para ser vendido? E se estão fazendo isso com outras pessoas? Se estão deixando as coisas acontecerem para fazer esse tipo de coisa? Porque o ser humano é perverso’, disse.
É um descaso com o corpo, sem falar de vilipêndio. É grave. É um crime invisível. Se a família não tivesse aceitado a necropsia, o que teria sido feito desse corpo?’, apontou o advogado Kenneth Chavante. Ele acrescentou que houve negligência na forma como a mulher foi tratada no hospital: ‘Os exames apontaram que a paciente tinha uma decadência da saúde. Mas não se atentaram aos líquidos soltos dentro da barriga, da
Desaparecimento de rim: Mistério envolve sumiço de órgão após morte de paciente
pélvis, causando a infecção urinária e a peritonite aguda fibrino-purulenta. A família de Emídia busca respostas sobre o sumiço do rim e a possível negligência no tratamento hospitalar. A Polícia Civil e a Secretaria de Saúde estão envolvidas na investigação do caso, que levanta questões sobre a segurança dos pacientes e a transparência nos procedimentos médicos. A família clama por justiça e por respostas concretas sobre o destino do órgão desaparecido. O advogado da família destaca a gravidade do ocorrido e a necessidade de responsabilização dos envolvidos. O mistério do desaparecimento do rim de Emídia continua a intrigar e levanta preocupações sobre a integridade do sistema de saúde e a proteção dos direitos dos pacientes. A busca por respostas e por medidas corretivas segue, enquanto a família exige transparência e prestação de contas das autoridades envolvidas. A saga de Emídia e seu rim perdido lança luz sobre questões mais amplas de segurança do paciente e ética médica, destacando a importância da vigilância e da responsabilidade no cuidado com a saúde das pessoas. O desfecho desse caso pode trazer mudanças significativas no sistema de saúde e na proteção dos direitos dos pacientes, reforçando a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e transparente em relação aos procedimentos médicos e à gestão dos órgãos doados. O sumiço do rim de Emídia não é apenas um mistério a ser resolvido, mas um alerta sobre a importância da integridade, da ética e da responsabilidade no tratamento de cada paciente, garantindo que casos como esse não se repitam e que a confiança na assistência médica seja preservada.
Fonte: @ Hugo Gloss