Nós do jornalismo esportivo temos feito história ao manifestar questionamentos sobre o retorno de atletas e técnicos boicotados pelas diretorias de Corinthians e Galo. A rede misógina e sexista fere inúmeras vítimas.
Além de violência no esporte, a agressão no esporte e a violência esportiva são fenômenos que precisam ser amplamente debatidos e soluções eficazes precisam ser encontradas para que o esporte seja um ambiente seguro e promotor de valores positivos para todos os envolvidos. A conscientização e educação sobre a importância do respeito mútuo e da prática esportiva saudável são fundamentais para a prevenção de casos de violência no esporte.
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O impacto da violência no esporte
‘O que a sociedade esperava de mim’: Cuca faz pronunciamento após estreia pelo Athletico Não só no caso do retorno atual de Cuca, agora técnico do Athletico, mas durante a sua passagem pelo Corinthians e a última passagem pelo Galo.
No caso de Robinho, ex-jogador do Santos, no caso Daniel Alves e entre outros ‘menores’ nestes últimos cinco anos, a agressão no esporte e violência esportiva têm sido temas recorrentes. Leia mais:
+ ‘O que a sociedade esperava de mim’: Cuca faz pronunciamento sobre condenação na Suíça Batemos em muitas teclas doloridas, enfrentamos haters e ameaças. A postura dos atletas diante dessas situações é crucial para combater a violência no esporte.
Um time de futebol foi boicotado pela própria torcida e pela própria diretoria porque ousou se manifestar. Nossos telefones foram vazados. A manifestação corajosa dos atletas tem levado a discursos ensaiados e protegidos por uma rede branca e opressora a questionamentos e reflexões na sociedade. Colegas que sentam ao nosso lado nas bancadas trocando mensagens com agressores na nossa frente. Nos intimidando nos corredores obscuros do jornalismo. Torcedoras sendo humilhadas e ameaçadas em estádio por ‘guardiões’ de tudo que nos fere.
Nossas imagens foram e seguem sendo deturpadas por uma rede misógina e sexista que insiste que nossa opinião não vale. Inúmeras vítimas da violência esportiva têm sido caladas por décadas, mas agora os atletas têm a coragem de questionar essa realidade.
Todos esses caras que estão com discursos ensaiados e protegidos por uma rede branca e opressora não fizeram nada. Jogaram a toalha branca para poderem trabalhar em paz. E nem precisava de tanto. Estamos há anos e anos pedindo para que revejam a própria história. Que dialoguem com a sociedade atual.
A história foi a gente ter visto um monte de homens envolvidos no futebol agora com coragem de questionar outros homens. Sempre se colocando no lugar de inúmeras vítimas que foram caladas por décadas e décadas. Nunca mais uma mulher sofrerá violência no esporte e a vida de um agressor seguirá normalmente. Nunca mais. E essa é a verdadeira e única revolução!
Cuca é o atual técnico do Athletico — Foto: Gustavo Oliveira/athletico.com.br
Fonte: © GE – Globo Esportes