© 2023: Considera políticas, incluindo monetária, para garantir estabilidade financeira. Autoridades ressaltaram necessidade de reforçar e impulsionar.
O crescimento econômico global estagnou nos últimos meses, levando os governos e instituições financeiras a buscarem medidas para estimular a recuperação. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), as projeções indicam que o crescimento econômico seguirá abaixo do esperado no próximo trimestre, exigindo a implementação de políticas para impulsionar a atividade econômica.
Enquanto a expectativa de crescimento global permanece frágil, os líderes mundiais buscam soluções para fomentar a expansão econômica nos próximos anos. Ainda que os desafios sejam grandes, a esperança de um cenário de desenvolvimento sustentável continua crescendo entre os especialistas econômicos e os governos comprometidos com a recuperação financeira.
Relatório de monitoramento destaca a necessidade de políticas para garantir o crescimento
A constatação está em relatório de monitoramento produzido pelo staff do Fundo e publicado nesta segunda-feira, 26, por ocasião do encontro de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 em São Paulo, nesta semana.
Na avaliação do staff do FMI, o processo de desinflação no G20 até agora ocorre sem detonar uma recessão, enquanto as economias emergentes têm demonstrado ‘melhorada resiliência’.
Neste ano, a política monetária deve ‘relaxar um pouco’, enquanto as perspectivas de crescimento no médio prazo seguem contidas, o que reflete tendências seculares e desafios, entre eles o crescimento fraco da produtividade, o envelhecimento, fragmentação geoeconômica e vulnerabilidades globais.
Expansão e o crescendo como foco principal
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O FMI considera que a sustentabilidade fiscal ‘tem sido testada’, com as condições de financiamento dos governos se mantendo em quadro ‘desafiador’ no médio prazo, em meio a ‘elevados e crescentes’ níveis de dívida pública.
Por outro lado, com a recuperação econômica mostrando maior vigor, os riscos à perspectiva ‘estão mais equilibrados’. Entre os riscos de alta, o crescimento global poderia superar a previsão caso o ritmo da desinflação seja mais rápido que o antecipado, permitindo relaxamento monetário mais rápido, ou se a consolidação fiscal fosse mais gradual que o em princípio apontado.
Como riscos de baixa, o Fundo menciona saltos adicionais nos preços de commodities, a persistência da força do mercado de trabalho e tensões renovadas em cadeias globais, que puxariam para cima pressões inflacionárias. Caso induzido por estresse na dívida, o aperto fiscal seria mais rápido que o almejado por acontecimentos cíclicos e minaria o crescimento.
Já mudanças à perspectivas na China, ‘positivas ou negativas’, seriam uma fonte de risco global, destaca o FMI.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE No médio prazo, as perspectivas de crescimento fraco, bem como o risco de maior recorrência de protecionismo, teriam uma ameaça maior representada pela fragmentação geoeconômica, o que já inibe a integração comercial e financeira, diz o staff do Fundo O documento também menciona que vulnerabilidades climáticas pesam nas perspectivas de médio prazo do crescimento global, com impacto desproporcional na África.
‘Mesmo que o ritmo da globalização tenha desacelerado, permanecem as oportunidades de crescimento, entre elas do comércio e dos serviços digitais e da inteligência artificial (IA) – caso aproveitadas de modo adequado’, acredita. Uma combinação apropriada de política fiscal e monetária seria crucial para se chegar a um quadro de estabilidade de dívida, nos preços e financeira, afirma o Fundo.
A política monetária precisa garantir a estabilidade de preços e estar pronta a mudar para uma postura mais neutra, onde a inflação retorna à meta e o crescimento possa diminuir.
Ao mesmo tempo, os esforços de consolidação fiscal, usando um mix apropriado de medidas de receita e de gasto, não deveriam ser retardados, mas sim mantidos em ritmo que buscasse um equilíbrio correto entre estabilização da dívida e apoio ao crescimento inclusivo. No médio prazo, reformas orientadas e cuidadosas podem ajudar a impulsionar a produtividade, menciona o staff do Fundo.
Crescendo e desenvolvimento na mira das autoridades
O documento diz que as autoridades do G20 devem reforçar esforços para mitigar a ameaça da mudança climática e apoiar a transição climática, a fim de ajudar a liberar o crescimento potencial da África.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Também pede cooperação para lidar com a fragmentação, notadamente para evitar políticas comerciais que distorcem o quadro, além de fortalecer o sistema monetário internacional.
‘O G20 tem um papel central para garantir que os benefícios da IA sejam totalmente explorados, enquanto os riscos são minimizados’, acrescenta.
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Fonte: © Jornal De Brasília