Empresas acordaram memorando não vinculante com foco em ganho de mercado e colheita de potenciais sinergias, em movimento defensivo. Estima-se após avaliação de analistas.
A reação do mercado à divulgação dos progressos na fusão entre as empresas Petz e Cobasi foi instantânea. Em pouco tempo, a fusão já impulsionou o valor de mercado em R$ 640 milhões, mostrando o potencial dessa parceria estratégica. A expectativa agora gira em torno das sinergias que serão geradas a partir dessa fusão, prometendo impactar positivamente o setor.
Essa união estratégica entre Petz e Cobasi representa não apenas uma fusão de empresas, mas também a criação de novas oportunidades de crescimento e integração no mercado. A associação dessas duas marcas líderes promete fortalecer ainda mais o setor de pets e animais de estimação, gerando benefícios mútuos e sinergias inovadoras. A fusão entre Petz e Cobasi abre caminho para uma maior expansão e colaboração no mercado, consolidando uma parceria com potencial transformador.
Variedade de Sinergias na Fusão de Empresas do Setor de Produtos Animais
Em parte, essas incertezas permanecerão por mais tempo, uma vez que as análises financeiras dos dois negócios devem se aprofundar somente após a eventual assinatura do contrato, conhecida como signing. Diversas das potenciais sinergias esperadas são evidentes, conforme a avaliação de analistas consultados pelo IM Business. É natural prever que uma fusão resulte em melhorias na distribuição das marcas em regiões de maior demanda, seja Cobasi ou Petz, e um crescimento considerável em segmentos como Zee.Dog e na vertical de saúde animal.
‘A expansão de tudo isso praticamente dobra instantaneamente’, destaca Ricardo Bahiana, da B2R Capital, especializada em M&A e valuation. Andreas Ferreira, da Mantaro Capital, percebe a união entre as empresas como um movimento defensivo. Ele destaca: ‘Não vejo isso como uma fusão para ganho de market share ofensivo. Não é um negócio ‘oportunístico”. O analista ressalta que, talvez, a grande oportunidade seja utilizar a força mútua para se proteger, em meio ao impacto negativo da competição dos marketplaces sobre ambos os resultados recentes.
Ferreira observa que a Petz busca inspiração em um dos raros M&As varejistas de sucesso dos últimos 15 anos. A fusão entre Petz e Cobasi poderia conferir ganhos significativos em escala e participação de mercado, além de uma ‘notável diluição de empresas’, na visão do analista.
Desafios da Integração e a Análise do Cade na Fusão Petz e Cobasi
O CEO da Petz, Sergio Zimerman, expressou confiança durante uma teleconferência com investidores, afirmando não antecipar obstáculos significativos para a aprovação junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão só entrará em cena após a assinatura do contrato.
A avaliação do Cade provavelmente se concentrará na distribuição geográfica das lojas. Especialista em direito concorrencial, Olavo Chinaglia, ex-conselheiro do Cade, destaca a importância de definir os mercados regionais. Segundo ele, os mercados varejistas, incluindo o de produtos animais, não costumam ser amplamente extensos territorialmente.
Andreas Ferreira observa uma importante sobreposição entre as lojas das duas empresas, originadas em São Paulo, e expandidas inicialmente no estado e nas grandes capitais. Ele enxerga oportunidades de otimização nesse sentido.
Bahiana sugere que as empresas devem estar preparadas para possíveis demandas, especialmente relacionadas às lojas concorrentes situadas em proximidade geográfica. A preocupação do Cade se concentra no impacto das operações no mercado e na influência territorial exercida. A análise deve considerar a proximidade das lojas e sua influência no competitivo mercado de produtos para animais.
Fonte: @ Info Money