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Pesquisas revelam: consumo de café maior relacionado a risco aumentado de obesidade. Variantes genéticas de cafeína metabolismo e disposição para café associadas. Obesidade, consumo de café, rapidez metabolização cafeína, pesquisas anteriores. (135 caracteres)
Recentes pesquisas revelam que a genética desempenha um papel crucial na determinação da preferência por alimentos, incluindo a quantidade de café que uma pessoa consome diariamente. Além disso, a genética também pode influenciar a forma como o corpo reage aos componentes do café, podendo afetar a saúde de maneiras diversas.
Essa relação entre a genética e o consumo de café destaca a importância do aspecto hereditário das preferências alimentares e das características relacionadas à metabolização de substâncias. É fascinante como nossos genes podem influenciar não apenas nossas escolhas alimentares, mas também as respostas do nosso organismo a essas escolhas, impactando diretamente nossa saúde e bem-estar.
Genética e Café: Uma Relação Complexa com a Saúde
O estudo recentemente publicado na revista Neuropsychopharmacology, em junho, trouxe à tona importantes conexões entre genética, consumo de café e sua relação com a obesidade. Embora não forneça uma resposta definitiva à pergunta ‘O café é bom ou ruim?’, a pesquisa revela insights valiosos sobre como nossos genes podem influenciar nossos hábitos alimentares e saúde em geral.
Uma das descobertas mais intrigantes foi a relação entre a quantidade de café consumida e a hereditariedade. Estudos anteriores, incluindo pesquisas com gêmeos, indicam que características relacionadas ao consumo de cafeína podem ser parcialmente herdadas, com uma hereditariedade estimada entre 36% e 58%. Essa constatação levanta questões fascinantes sobre como nossos genes podem influenciar nossas preferências por café.
Abraham Palmer, um dos principais autores do estudo, destacou a importância dessas descobertas: ‘Havia indícios, com base em estudos anteriores, de que genes desempenham um papel na quantidade de café que uma pessoa consome. Portanto, não foi surpresa para nós encontrar evidências estatísticas de que essa é uma característica hereditária.’ Essa ligação direta entre nossos genes e nossos hábitos de consumo de café é um campo de estudo fascinante que continua a surpreender os pesquisadores.
A pesquisa também explorou a relação entre genética, café e obesidade. Por meio de um estudo de associação do genoma inteiro (GWAS), os cientistas analisaram os genomas completos dos participantes em busca de variantes genéticas associadas ao consumo de café. Os resultados revelaram uma clara disposição genética para o consumo de café, bem como genes específicos que influenciam a metabolização da cafeína e o risco de obesidade.
Os participantes que carregavam variantes genéticas relacionadas a um maior consumo de café apresentaram maior propensão à obesidade. No entanto, é importante ressaltar que essa relação não é determinística – ou seja, não significa que todos os amantes de café estão fadados à obesidade. Os fatores genéticos que influenciam o consumo de café podem contribuir para o desenvolvimento da doença, mas outros aspectos também desempenham um papel crucial.
Por outro lado, a relação entre consumo de café e saúde mental mostrou-se menos clara. Ao analisar a conexão entre o consumo da bebida e doenças psiquiátricas, os pesquisadores encontraram resultados mais ambíguos. ‘Ao examinar a genética da ansiedade, por exemplo, ou…
Fonte: © CNN Brasil