Estudo no Israel mostrou que gravidas caminhavam média de 3mil passos/dia durante gestação, reduziram riscos de pré-eclampsia, diabetes gestacional e complicações perinatais (regularidade passos/semestres gestação). Resultados: baixos riscos de cesárias, hemorragia pós-parto, hipertensão, diabetes, anestesia peridural (complicações de parto e puerpério).
Segundo uma pesquisa recente realizada pela Universidade de Cambridge, foi constatado que as caminhadas durante a gravidez podem contribuir significativamente para a saúde da mãe e do bebê. Além disso, os benefícios das caminhadas vão além da redução do risco de cesárea, podendo também melhorar a circulação sanguínea e fortalecer a musculatura.
É importante destacar que os exercícios leves, como andar regularmente, são essenciais para manter o corpo ativo e saudável durante a gestação. Portanto, recomenda-se que as gestantes se movimentem diariamente, seja através de caminhadas ao ar livre ou outras atividades físicas adequadas. Cuide-se e mantenha-se ativa durante a gravidez!
Caminhadas durante a gestação: benefícios para a saúde da mãe e do bebê
Manter-se ativa, conforme aponta a pesquisa, tem um impacto positivo significativo na saúde da grávida e do bebê, assim como na via de parto. Durante o período de janeiro a julho de 2023, 401 mulheres grávidas com gestação única e interesse em ter um parto normal foram acompanhadas pelos pesquisadores. A quantidade de passos diários das participantes foi registrada por meio de um aplicativo de celular.
À medida que a gestação avançava, foi observada uma redução gradual na quantidade de passos realizados diariamente pelas voluntárias. No primeiro, segundo e terceiro semestres da gestação, a média de passos foi de 3.184, 2.700 e 2.152, respectivamente.
Esses dados foram analisados em relação aos resultados perinatais, que englobam o período que abrange a gravidez, o parto e o puerpério, levando em consideração a idade, IMC e histórico obstétrico das participantes. Mulheres mais ativas, que atingiram cerca de 3 mil passos diários, apresentaram uma redução significativa na realização de cesáreas e na ocorrência de diabetes gestacional, hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia.
O professor Ron Beloosesky, diretor da Unidade de Ultrassom Pré-natal do hospital em Israel e um dos autores do estudo, destaca que as gestantes mais ativas tiveram menor necessidade de anestesia peridural e menor incidência de hemorragia pós-parto.
A quantidade de passos diários também influenciou nas intervenções durante o parto. Mulheres que alcançaram uma média de 3 mil passos diários utilizaram menos anestesias epidurais em comparação com aquelas que andaram 2.600 passos por dia. Além disso, houve menos complicações decorrentes de sangramento pós-parto entre aquelas que deram 2.800 passos diários em relação às que deram 2.160 passos.
A prática regular de caminhadas também mostrou redução nos riscos de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Gestantes que conseguiram atingir 2.829 passos diários apresentaram menor propensão a essas condições em comparação com aquelas que caminharam cerca de 2.098 passos diários.
Os resultados do estudo reforçam a importância da atividade física na gestação para prevenir complicações como cesarianas, diabetes gestacional e hipertensão arterial. A prática diária de exercícios pode melhorar a circulação sanguínea, a função cardíaca e a absorção de glicose, contribuindo para a saúde da mãe e do bebê durante e após o parto.
Fonte: © CNN Brasil