O WhatsApp, com 2 bilhões de usuários, é usado por golpistas em todo o mundo para extorquir informações e realizar golpes.
Golpes como esse, que prometem recompensas rápidas e fáceis, são cada vez mais comuns nos dias de hoje. A tentação de cair em um desses golpes pode ser grande, mas é importante estar ciente dos riscos e das possíveis consequências.
Os cibercriminosos estão sempre elaborando novas armadilhas e esquemas para enganar as pessoas, por isso é essencial manter-se informado e tomar todas as precauções necessárias. Golpes como esse no WhatsApp são apenas um exemplo do que esses criminosos são capazes de fazer.
A experiência de um jovem em situação de golpe
Guillermo Guzmán, de 24 anos, recebeu diversas vezes mensagens de um número desconhecido, da China ou da região, como ele contou à BBC News Mundo, um serviço em espanhol da BBC. ‘Um dia eu pensei ‘Bem, por que não tentar?’. A mensagem diz que estão convidando você para trabalhar em uma plataforma em Wuhan, na China, e menciona uma rede social similar ao TikTok’, explicou o jovem.
A proposta soava convidativa, especialmente para um jovem que buscava uma fonte alternativa de renda. O trabalho consistia em ‘curtir‘ os vídeos e enviar uma captura de tela como prova, prática cada vez mais comum em esquemas de golpes orquestrados por cibercriminosos. Em troca, receberia um pagamento em sua conta bancária. ‘Então eu disse: ‘Não há problema em dar algumas curtidas, certo? Qual é a pior coisa que pode acontecer?”
Mas o jovem logo descobriu que essas mensagens escondiam um esquema fraudulento. Primeiro, ele recebeu o equivalente a cerca de 6 dólares (cerca de R$ 30) por cumprir ‘tarefas’ que lhe foram atribuídas por uma pessoa do outro lado da linha, que usava um espanhol artificial, como se tivesse passado por um tradutor online. ‘É muito estranho conversar com eles’, diz Guzmán.
Eles solicitaram as informações da sua conta bancária para fazer pagamentos. ‘Me mandaram a primeira recompensa e me disseram que eu era adequado para o trabalho. Me enviaram um canal no Telegram. E não era só eu, mas 500 participantes. São muitos grupos e muito grandes’, lembra. Isso era apenas o começo do que viria a ser uma cilada engendrada pelos cibercriminosos.
Os riscos crescentes dos golpes digitais
O relato de Guillermo Guzmán é apenas um exemplo de dezenas de golpes orquestrados em plataformas digitais. Segundo ele, o trabalho começou a ficar estranho. Além de passarem dois trabalhos de ‘curtidas’, pediram uma terceira tarefa: investir o dinheiro angariado em uma suposta plataforma de criptomoedas. Esse modus operandi evidencia o caráter ardiloso desses golpistas, que tentam aliciar pessoas vulneráveis.
Guillermo teve que pedir dinheiro emprestado a conhecidos para fazer um pagamento de quase US$ 60 (R$ 300) exigido pelos criminosos. Com o tempo, descobriu-se que haveria mais cobranças, até que, à primeira visita, sabe que perdeu quase US$ 70 (R$ 330), como consequência de um golpe astutamente elaborado.
A empresa tem como propósito evitar possíveis riscos de seguranças, mas é indispensável também que os usuários tomem medidas preventivas. No momento em que um usuário do WhatsApp, ou de outras plataformas, aceita uma videocall de um número desconhecido, seu rosto pode ser gravado e usado em um deepfake. Estes são apenas alguns exemplos flagrantes de que os tempos atuais também demandam vigilância digital. Portanto, a segurança dos dados armazenados em aplicativos deve ser levada a sério.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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