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Proposta de lei contra veículos autônomos chineses: discutida em semanas, bloqueia testes e comunicação sem fio de módulos nível de direção. Veículos estadunidenses na estrada excluídos.
O uso de softwares desenvolvidos na China em veículos autônomos tem sido motivo de preocupação para o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que avalia a possibilidade de proibir a utilização desses programas em carros vendidos no país. A questão da segurança cibernética e da proteção de dados tem levantado debates sobre a confiabilidade dos softwares chineses em sistemas de direção autônoma.
Além disso, a integração de softwares chineses em carros autônomos pode impactar não apenas a segurança, mas também a experiência do usuário, uma vez que esses programas podem influenciar a oferta de programas de entretenimento, informação e localização dentro do veículo. A busca por soluções que garantam a eficiência e a confiabilidade dos sistemas autônomos tem sido uma prioridade para as empresas do setor automotivo.
Uso de Softwares Chineses em Automóveis Autônomos: Proposta de Lei e Níveis de Direção
A informação foi divulgada pela agência Reuters, com base em fontes próximas ao governo. A proposta de lei em questão visa proibir o uso de programas de entretenimento, informação ou localização desenvolvidos por marcas chinesas em carros autônomos e conectados de Nível 3 ou superior.
Para esclarecer, o Nível 3 refere-se a veículos que possibilitam a movimentação automática do carro, porém requerem que o motorista assuma o controle do volante em determinadas situações. A discussão sobre os cinco níveis de direção autônoma dos veículos é crucial nesse contexto.
Caso a proposta se concretize e seja aprovada, módulos de comunicação sem fio criados por empresas chinesas também estarão vetados de integrar os carros fabricados nos Estados Unidos. O governo do presidente Joe Biden ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas fontes consultadas pela Reuters indicam uma possível abordagem do tema nas próximas semanas.
Os EUA têm manifestado preocupações com relação à segurança nacional associada às tecnologias conectadas em veículos. Esse é o argumento principal utilizado para restringir a presença de empresas estrangeiras, incluindo as chinesas, no mercado norte-americano.
Essa postura governamental já foi adotada anteriormente contra marcas como Huawei e ByteDance, empresa controladora do TikTok, que enfrentam a perspectiva de banimento em território estadunidense. Agora, montadoras de baixo custo, como a BYD, que têm ganhado destaque em diversos países e representam uma ameaça às fabricantes tradicionais dos EUA, seriam as mais impactadas.
A possível proibição de circulação de veículos chineses em estradas dos Estados Unidos afetaria diretamente empresas como a BYD e desenvolvedoras de softwares chinesas. A embaixada da China em Washington expressou sua expectativa de que sejam respeitadas as leis da economia de mercado e os princípios da concorrência justa.
Ademais, ressaltou a popularidade global dos carros chineses devido à inovação tecnológica e ao destaque no competitivo setor automotivo. A discussão sobre a presença de softwares chineses em automóveis autônomos promete ser um tema relevante nas relações comerciais entre os dois países.
Fonte: @Tech Mundo