Cantora pede atenção para sintomas e saúde ginecológica. Palavras-chave: condição, redes sociais, médico, exames, ressonância magnética, DIU, infertilidade, soluções cirúrgicas.
Gretchen enfrentou uma internação na manhã de hoje, para realizar uma cirurgia visando a remoção do útero, devido à presença de uma condição chamada adenomiose. Em suas redes sociais, a cantora compartilhou um pouco do momento antes da operação, e ressaltou a importância do autocuidado feminino, incentivando outras mulheres a estarem atentas à saúde.
Além disso, a adenomiose pode estar relacionada ao surgimento de um tumor benigno chamado adenomioma, que pode demandar a realização de uma histerectomia em alguns casos, como o de Gretchen. A cantora demonstrou coragem ao enfrentar a cirurgia e conscientizou suas seguidoras sobre a importância de buscar acompanhamento médico diante de qualquer desconforto ou alteração no corpo.
Descobrindo a importância de se cuidar
Se cuidem, é muito importante. ”Eu estou indo fazer essa cirurgia por que eu me cuidei, fiz todos os acompanhamentos. É uma adenomiose benigna e eu estou muito feliz de estar podendo me cuidar’, acrescentou a cantora.
A histerectomia e tratamentos alternativos para a adenomiose
De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a histerectomia — cirurgia de retirada de útero — representa o segundo procedimento mais realizado entre mulheres em idade reprodutiva, superado apenas pela cesárea.Embora seja uma solução definitiva para a adenomiose, a histerectomia não é o único tratamento possível.
Entendendo a condição chamada adenomiose
A CNN ouviu o ginecologista André Vinícius para entender melhor a condição, como diagnosticar o problema e como tratá-lo.O útero é dividido em três camadas: a serosa, camada que o recobre; o miométrio, uma camada muscular intermediária; e o endométrio, a camada que reveste a parte mais interna do útero.Segundo André Vinícius, um adenomioma é formado quando ‘o tecido endometrial vai parar no miométrio, ou seja, o tecido que reveste o útero vai parar na musculatura do útero’.Em casos assintomáticos, a adenomiose costuma ser diagnosticada em exames de imagem, como uma ultrassonografia.’Através do exame, é possível identificar um miométrio irregular, ou que o útero está com o tamanho maior que o normal, pois a infiltração do tecido endometrial do miométrio pode aumentar o volume do útero, que foi o caso de Gretchen’, explicou o ginecologista.Em casos nos quais há a presença de sintomas, os três mais comuns são:
- infertilidade;
- cólicas menstruais mais intensas;
- e aumento do fluxo menstrual e dos dias do período menstrual.
Segundo André Vinicius, ‘o exame padrão ouro para identificar essa doença é a ressonância nuclear magnética da pelve, que tem um valor preditivo positivo muito alto, ou seja, tem alto índice de acerto’.Em pacientes sintomáticas, o tratamento consiste principalmente em controlar os sintomas.’Para pacientes que apresentam cólicas muito intensas, é possível ajustar medicamentos para controle dessa cólica.
Tratamentos para adenomiose e soluções cirúrgicas
Em pacientes com sangramento uterino anormal, é possível fazer um bloqueio hormonal, que geralmente é o tratamento mais indicado para adenomiose’, explicou o médico.’E como essa doença é localizada dentro do útero, o DIU medicado com levonorgestrel tem uma ação muito interessante, pois diminui as cólicas menstruais da paciente e diminui o fluxo também’, acrescentou.André Vinícius ressalta a importância do bloqueio hormonal para o tratamento, ‘assim como aliar a um estilo de vida mais saudável, com prática regular de atividade física, alimentação leve e equilibrada e o controle de estresse’.Quanto a soluções cirúrgicas, a histerectomia é a mais drástica, mas representa um tratamento definitivo para a mulher que sofre com a condição.
Para as pacientes que querem engravidar, por exemplo, se ela possui uma adenomiose focal, às vezes é possível até fazer uma cirurgia local para a retirada daquele foco’, explicou o médico.
Fonte: © CNN Brasil