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Trabalhadores sul-coreanos da empresa de chips exigem salários e bónus transparentes. Greve geral, sem prazo definido por melhores salários e compensações. Fabricação de chips da última geração, inteligência artificial, Galaxy, Ring, Z Flip6, Z Fold6 não afetadas. Salários maiores para linhas de produção interrompidas. Novidades anunciadas de chip não afetadas: dobráveis Z Flip6, Z Fold6.
Na Coreia do Sul, um sindicato que representa milhares de funcionários da Samsung declarou uma ‘greve por tempo indeterminado’ nesta semana. Os empregados buscam melhorias salariais e condições de trabalho mais justas durante a paralisação.
A ‘greve indeterminada’ dos trabalhadores da Samsung reflete a insatisfação geral com as políticas da empresa. A mobilização visa pressionar por mudanças significativas e demonstrar a força coletiva dos funcionários.
A greve, uma das maiores na história da Samsung, pressiona a fabricante de chips
A greve, geral e por tempo indeterminado, na Samsung está aumentando a pressão sobre a empresa sul-coreana. A Samsung, conhecida por ser a maior fabricante de chips de memória do mundo, está enfrentando uma paralisação que pode interromper a produção de chips de última geração utilizados na inteligência artificial generativa. Apesar das negativas da companhia em relação aos possíveis impactos, a paralisação pode afetar a fabricação de diversos produtos que dependem dos chips da Samsung.
Novidades anunciadas durante a greve na Samsung
Enquanto a greve continua, a Samsung anunciou uma série de novidades em um evento em Paris. Entre os destaques estão o Galaxy Ring, um anel inteligente que monitora o sono e as atividades físicas do usuário, e os novos modelos dobráveis Z Flip6 e Z Fold6. As linhas de produção da fabricante podem ser interrompidas devido à paralisação, o que levanta preocupações sobre o impacto nas operações da empresa.
Reivindicações dos grevistas da Samsung
Os grevistas da Samsung estão exigindo melhores salários e compensações pelas perdas econômicas decorrentes da paralisação. As reivindicações incluem um aumento salarial de 5,6% para todos os membros do sindicato, bônus transparentes com base no desempenho, e um dia de folga no aniversário do sindicato. Mais de 5 mil membros do sindicato iniciaram uma paralisação geral de três dias como parte da luta por melhores condições de trabalho.
A segunda greve geral na Samsung
Após a primeira greve, que ocorreu em junho, o Sindicato Nacional Samsung Electronics declarou uma segunda greve geral por tempo indeterminado a partir de 10 de julho. A gerência da empresa foi criticada por não estar disposta a negociar após a primeira greve. O sindicato, que representa mais de 20% da força de trabalho da Samsung, está determinado a garantir que as demandas dos trabalhadores sejam atendidas.
Compromisso da Samsung em meio à greve
Apesar das interrupções nas linhas de produção, a Samsung garantiu que não haverá impactos significativos. A empresa afirmou estar comprometida em manter negociações de boa-fé com o sindicato e buscar soluções para as demandas dos trabalhadores. Desde janeiro, a Samsung está envolvida em negociações com o sindicato sobre salários e benefícios, em um esforço para melhorar as condições dos funcionários.
Histórico de sindicalização na Samsung
Durante quase 50 anos, a Samsung impediu a sindicalização de seus funcionários, adotando táticas consideradas cruéis por críticos. No entanto, em 2019, foi fundado o primeiro sindicato na empresa, marcando um novo capítulo em sua história. O fundador da Samsung, Lee Byung-chul, era veementemente contra sindicatos, mas seu neto e atual presidente, Lee Jae-yong, anunciou o fim da política anti-sindicalização em 2020, abrindo espaço para a representação dos trabalhadores.
Fonte: © G1 – Tecnologia