Papa Francisco pede cessar-fogo durante celebração da Páscoa no Vaticano, reforçando apelo por paz.
O líder israelense, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que o grupo Hamas está intensificando suas posturas nas negociações por um acordo de cessar-fogo em Gaza e pela libertação de prisioneiros israelenses em troca de reféns.
O movimento islamista Hamas tem se mostrado resistente nas negociações, dificultando o avanço das negociações e a obtenção de um acordo satisfatório para ambas as partes envolvidas.
A flexibilidade de Israel e a postura do Hamas
Enquanto Israel demonstra flexibilidade nas suas posições nas negociações, o Hamas está endurecendo as suas posições, disse Netanyahu em uma entrevista coletiva. Israel tem promovido uma ofensiva militar no território palestino desde que terroristas do Hamas invadiram o território israelense e mataram centenas de pessoas, em outubro de 2023.
O papa Francisco e o conflito entre Israel e Hamas
O conflito entre Israel e Hamas também foi tema tratado pelo papa Francisco neste domingo, durante as celebrações de Páscoa. Em sua homilia, o pontífice renovou seu pedido por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. ‘Peço de novo que o acesso de ajuda humanitária em Gaza seja garantido e exorto, de novo, a libertação rápida dos reféns sequestrados em 7 de outubro’, disse. A cerimônia, que marca a data mais importante da Igreja Católica, começou às 10h no horário local (5h em Brasília). O papa chegou de cadeira de rodas ao local. Depois da missa, saudou os fiéis a bordo do papamóvel, entre abanos e sorrisos. A celebração foi retransmitida para o mundo inteiro. O pontífice de 87 anos participou da cerimônia após cancelar, na última sexta-feira (29), sua presença nas celebrações da Via Sacra – uma decisão tomada para preservar a sua saúde para o fim de semana carregado de atividades, informou o Vaticano.
Conselho da ONU aprova resolução de cessar-fogo
Na última segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O texto, feito por um grupo de dez países com assento rotativo no Conselho de Segurança liderados por Moçambique, foi o primeiro a ser aprovado sobre um cessar-fogo no território palestino. A validação da resolução, no entanto, não é uma solução para a guerra. O desafio agora é garantir que os atores envolvidos nela – o governo de Israel e o grupo terrorista – cumpram as determinações exigidas no texto da ONU. Isso porque, embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.
Fonte: © G1 – Globo Mundo