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Descobrida acidentalmente em pesquisas científicas pioneiras, a radiação controlada transformou profoundamente a humanidade. Radiação, princípios da radioatividade, fluxo de electricidade, tubos de vácuo, platinocianeto de bário, cartolina preta, luminescência, urânio absorption/emission, raios-X, Henri Becquerel, placa fotográfica, papel preto, urânio sobre chapas fotográficas, urânio em natureza, sais de urânio, luz do Sol, suposta comprovação, repetir experimentos, variedade de materiais sensibilizados, Marie e Pierre Curie, Universidade de Sorbonne, pitchblende, uranita, equipamento desenvolvido por Pierre e Marie Curie.
A radiação é uma das forças mais significativas da natureza, presente em diversos fenômenos do universo. Seja proveniente do sol ou de elementos radioativos na Terra, a radiação desempenha um papel fundamental em muitos processos.
Na área da saúde, os raios-X são uma forma comum de radiação utilizada para obter imagens do interior do corpo humano. A radioatividade é um fenômeno natural que pode ser controlado e aplicado de forma segura em diversos campos, incluindo a medicina nuclear.
Descoberta da Radiação e dos Raios-X
Poucos conhecem a história por trás da descoberta da radiação e dos raios-X, um processo que teve seus desafios e surpresas. O uso controlado da radiação na medicina é essencial e baseia-se nos princípios da radioatividade, um fenômeno natural que ocorre em átomos instáveis. Tudo começou em 1895, quando o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen divulgou a existência dos raios-X, que, vale ressaltar, não estão diretamente ligados à radioatividade.
Röntgen estava investigando os efeitos da corrente elétrica em tubos de vácuo quando notou um brilho fluorescente peculiar em uma tela coberta com platinocianeto de bário, mesmo com o tubo envolto em cartolina preta. Ele logo percebeu que havia descoberto uma forma de radiação capaz de penetrar objetos opacos, a qual chamou de ‘X’, por ser desconhecida.
Enquanto Röntgen explorava os raios-X, o físico francês Henri Becquerel se dedicava à luminescência em materiais naturais, como os sais de urânio. Ao expor esses materiais a uma placa fotográfica envolta em papel preto e à luz do Sol, Becquerel observou a escurecimento da placa, indicando a absorção de energia.
A descoberta da radioatividade foi marcada pelo anúncio de Henri Becquerel em 1896, após investigar o comportamento do urânio sob a luz solar. Intrigado com a capacidade do urânio de emitir radiação, Becquerel repetiu o experimento diversas vezes, variando as condições e os materiais utilizados. Ele notou que uma forma de radiação atravessava o papel preto e sensibilizava a emulsão fotográfica, mesmo sem exposição à luz solar.
A história da radiação e da radioatividade ganhou mais destaque com a contribuição dos renomados cientistas Marie Curie e Pierre Curie, que se casaram e trabalharam juntos na Universidade Sorbonne, em Paris. Utilizando um equipamento desenvolvido por Pierre, Marie identificou o pitchblende, um mineral rico em urânio e outros metais radioativos. A partir dessas descobertas, Marie Curie isolou o polônio e o rádio, substâncias mais ativas que o próprio urânio, cunhando o termo ‘radioatividade’.
A jornada de descobertas e experimentos de radiação, raios-X e radioatividade, liderada por figuras como Röntgen, Becquerel, Marie e Pierre Curie, continua a inspirar a ciência e a medicina até os dias atuais.
Fonte: © CNN Brasil