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No Brasil, um mês forte: boa humor marca mercado, expectando cortes de juros EUA. Apoio interno, baixas juros e dólar, inflação maior em fevereiro, comentários duros, queda do dólar e inflação estabilizada desde julho ’21. (144 caracteres)
Que alegria ver o Ibovespa superando os 130 mil pontos novamente. Depois de tanto tempo abaixo dessa marca, os investidores finalmente têm motivos para comemorar. O mercado financeiro está otimista com a recuperação do índice, que mostra sinais de retomada.
O desempenho do Ibovespa é um reflexo da recuperação da economia brasileira e do otimismo dos investidores. A Bolsa de Valores de São Paulo está aquecida, com os investidores voltando a apostar no mercado de ações. O cenário é promissor e as perspectivas são positivas para quem acompanha de perto o mercado financeiro.
Ibovespa segue em alta rumo ao quarto mês de ganhos
Em uma semana que começou desafiadora, com a queda das bolsas ao redor do mundo, o índice brasileiro, representado pelo Ibovespa, mostrou resiliência e conseguiu reverter as perdas do mês anterior. Agora, o Ibovespa segue em direção ao quarto mês consecutivo de ganhos, distanciando-se cada vez mais do cenário de queda acentuada que experimentou, com uma redução de cerca de 8% no primeiro semestre deste ano. Na última sexta-feira, os investidores foram surpreendidos positivamente, com um forte avanço de 1,52%, atingindo os 130.615 pontos. Ao longo da semana, o índice registrou um aumento de 3,78%, e no mês, uma valorização de 2,32%. No entanto, no acumulado do ano, ainda há um saldo negativo de 2,66%.
Bolsa de Valores de São Paulo acompanha movimentos globais
O volume financeiro movimentado foi significativo, atingindo a marca de R$ 20,4 bilhões, bem acima da média diária de R$ 16,6 bilhões dos últimos 12 meses. A Bolsa de Valores de São Paulo refletiu o otimismo renovado nos mercados globais, impulsionado pela crescente expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos em setembro, sem que isso necessariamente indique uma recessão. A temporada de divulgação de resultados corporativos, em sua maioria positivos, também contribuiu para o cenário favorável. Mesmo a decepção com o desempenho da Petrobras, que impactou negativamente as ações, não foi capaz de conter o apetite por risco na sexta-feira. Além disso, a divulgação de uma inflação oficial acima das expectativas, a maior desde julho de 2021, e os comentários incisivos do diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, impulsionaram a Bolsa de Valores de São Paulo para novas altas.
Impacto da inflação e da queda do dólar na economia
Galípolo, que é um dos nomes cotados para assumir a presidência da autoridade monetária em 2025, alertou sobre a projeção de inflação em 3,2%, acima da meta estabelecida, destacando a importância de manter o foco na estabilidade econômica. A despeito da inflação ligeiramente acima do previsto, os preços dos alimentos apresentaram queda, contribuindo para aliviar as pressões sobre os juros. A redução do dólar também teve impacto positivo, indicando que a influência da moeda estrangeira na inflação pode ser menor do que o previsto pelo mercado. O dólar comercial encerrou com uma queda de 1%, sendo negociado a R$ 5,51, e acumulando uma redução de 2,47% no mês e um aumento de 13,64% no ano. A valorização do real frente ao dólar colabora para a estabilidade da inflação, reduzindo a pressão sobre as taxas de juros e beneficiando a economia como um todo.
Fonte: @ Valor Invest Globo