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Bioma Pantanal, Mato Grosso do Sul: Chuva e onda de frio reduziram focos de incêndio na primeira quinzena de julho ’24. Temperaturas máximas baixas preocupam até fim de julho e agosto (INPE). Fatores climáticos: gráfico de temperaturas máximas em Corumbá.
Segundo a análise de Fábio Luego, meteorologista da Climatempo, uma onda de frio intenso está prevista para os próximos dias, trazendo um alívio bem-vindo para as regiões afetadas pelas queimadas no Pantanal. Essa mudança brusca no clima pode ajudar a diminuir a intensidade dos incêndios e dar uma trégua para a fauna e flora locais.
Com a chegada dessa onda de frio, a expectativa é que nenhum novo foco de incêndio seja iniciado, permitindo que os bombeiros e brigadistas possam focar seus esforços em controlar as áreas já afetadas. A combinação de temperaturas mais baixas e possíveis chuvas pode ser a chave para conter a destruição e iniciar o processo de recuperação do Pantanal.
Impacto da Onda de Frio na Redução de Focos de Incêndio no Pantanal
Uma onda de frio atípica na primeira quinzena de julho teve um efeito surpreendente na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Com temperaturas máximas abaixo dos 20°C, a umidade aumentou e até mesmo ocorreram chuvas pontuais, o que contribuiu significativamente para a diminuição dos focos de incêndio.
O bioma do Pantanal, especialmente a região de Corumbá, vinha enfrentando uma situação crítica, com um número alarmante de focos de incêndio. No entanto, a chegada da onda de frio trouxe um alívio temporário, zerando os focos por vários dias e totalizando apenas 29 focos em 9 dias.
Essa mudança drástica pode ser observada no gráfico que compara a temperatura em Corumbá com o número de focos de incêndio. No início do mês, quando as temperaturas ultrapassavam os 30°C, houve um aumento significativo nos focos, chegando a 381 em apenas 6 dias. Porém, durante a onda de frio, a situação se reverteu, demonstrando claramente a influência do clima nas queimadas.
É importante ressaltar que a relação entre as temperaturas e os focos de incêndio é evidente, conforme apontado pelo INPE. Diversos fatores, como umidade, tempo seco e vento, contribuem para a propagação do fogo, tornando essencial a análise dessas variáveis para a prevenção de incêndios.
Apesar da breve melhora proporcionada pela onda de frio, o cenário futuro ainda é preocupante. Com a previsão de chuvas escassas e a chegada dos meses de agosto e setembro, historicamente os mais críticos em relação às queimadas, medidas de prevenção e controle se fazem necessárias para proteger o Pantanal e sua biodiversidade única.
Fonte: @ Terra