ouça este conteúdo
No Brasil, 61,3 milhões sofrem de segurança alimentar, com aumento de vulnerabilidade devido a alimentação moderada a grave, mudanças climáticas recentes, impactando produção e distribuição de arroz e outros alimentos. (148 caracteres)
As mudanças climáticas estão impactando diretamente a segurança alimentar em todo o mundo. De acordo com um novo estudo publicado, a cada ano, mais pessoas sofrem com a escassez de alimentos devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Essas alterações climáticas estão exacerbando a insegurança alimentar global, tornando cada vez mais urgente a necessidade de ações concretas para mitigar seus efeitos. É fundamental que governos e organizações se unam para enfrentar esse desafio e garantir a segurança alimentar de bilhões de pessoas em todo o mundo.
Mudanças Climáticas e Insegurança Alimentar: Impactos e Desafios
O estudo recente ressalta que a insegurança alimentar e a má nutrição estão se agravando devido a uma série de fatores, incluindo a inflação dos preços dos alimentos, desacelerações econômicas, desigualdade, dietas saudáveis inacessíveis e mudanças climáticas. As alterações climáticas têm desempenhado um papel significativo nesse cenário preocupante.
No Brasil, de acordo com o Atlas Global de Política de Doação de Alimentos, cerca de 61,3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar, o que equivale a quase um quarto da população. Entre 2019 e 2020, houve um notável aumento da fome e da insegurança alimentar em todo o mundo, contrariando as expectativas de uma melhora após a pandemia de Covid-19.
Lisa Moon, CEO da The Global FoodBanking Network, destacou que nos últimos três anos, os índices de insegurança alimentar permaneceram persistentemente elevados, sendo influenciados por eventos como a guerra na Ucrânia, as mudanças climáticas e a superinflação. Esses desafios têm impactado milhões de pessoas, tornando o acesso a alimentos adequados uma luta diária.
Durante o seminário internacional ‘Sistemas Alimentares: Oportunidades para Combater a Fome e o Desperdício no Brasil’, realizado em São Paulo, Lisa Moon enfatizou a importância de abordar as mudanças climáticas, desperdícios, vulnerabilidade e fome. Cláudia Roseno, gerente de assistência do Departamento Nacional do Sesc, ressaltou a necessidade de buscar soluções para mitigar os efeitos adversos enfrentados por tantas pessoas em situação de insegurança alimentar.
Um dos temas discutidos no evento foi o impacto das mudanças climáticas sobre o circuito de produção e distribuição de alimentos. Cláudia Roseno mencionou o exemplo recente da tragédia no Rio Grande do Sul, onde as enchentes afetaram a produção de agricultura familiar, subsistência e de arroz, prejudicando o abastecimento em todo o país.
Lisa Moon salientou que as comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas são as mais afetadas pela fome e insegurança alimentar. Ela ressaltou que, apesar de o sistema alimentar global produzir alimentos em excesso, cerca de um terço da produção mundial é desperdiçada, contribuindo para o aumento das emissões de gases de efeito estufa.
A necessidade de enfrentar os desafios das mudanças climáticas, da insegurança alimentar e do desperdício de alimentos é urgente. A colaboração entre organizações locais e internacionais é essencial para encontrar soluções sustentáveis e garantir a segurança alimentar para todos.
Fonte: @ Agencia Brasil