Combinar testes sensorialmente visuais com exames tradicionais melhoraria diagnóstico precoce de doenças. Perda, sensibilidade visual, processo, percepção de informações, visuais, capacidade, reconhecimento de objetos e rostos, ler, placas de rua, testes cognitivos, velocidade de processamento visual, tempo, resposta motora. Simples e complexa, sensibilidade, ao contraste, visual.
Recentemente, uma pesquisa conduzida por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelou que a perda de sensibilidade visual pode ser um sinal precoce de comprometimento cognitivo em idosos, indicando possíveis riscos de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Em certos casos clínicos específicos, a perda de sensibilidade visual pode ser um sintoma inicial de outras condições médicas, sendo importante ressaltar que em algumas situações a correlação direta com a doença de Alzheimer pode não ser aplicável de imediato, exigindo uma avaliação mais aprofundada por profissionais de saúde especializados.
Estudo revela conexão entre perda de sensibilidade visual e risco de desenvolver doenças
De acordo com os pesquisadores, a perda de sensibilidade visual pode desempenhar um papel crucial na previsão do desenvolvimento de condições de saúde anos mais tarde. Como explicado por Ahmet Begde, especialista na Escola de Esporte, Exercício e Ciências da Saúde e um dos líderes da pesquisa, a perda de sensibilidade visual pode resultar em dificuldades no processo de percepção e interpretação de informações visuais. Isso abrange desde a diminuição da capacidade de reconhecer objetos e rostos até a dificuldade em ler placas de rua.
Um indivíduo com perda de sensibilidade visual pode encontrar desafios ao tentar ler placas de rua enquanto está ao volante, conforme destacado por Begde em uma entrevista ao Medical News Today. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, foi motivado por descobertas anteriores que apontaram alterações físicas nos olhos, como danos nos vasos sanguíneos, e a presença de placas beta-amiloide na retina e na lente dos olhos, consideradas fatores associados ao avanço da doença de Alzheimer.
A pesquisa envolveu 8.623 participantes com idades entre 48 e 92 anos, acompanhados ao longo de 13 anos, de 2006 a 2019. Eles foram submetidos regularmente a testes cognitivos juntamente com o Teste de Sensibilidade Visual (VST), uma ferramenta que avalia a velocidade de processamento visual, tempo de resposta motora simples e complexa, sensibilidade ao contraste visual e capacidade de percepção visuoespacial.
Durante o VST, os participantes realizaram duas versões do teste: uma simples e outra mais complexa. Na versão simples, eles tinham que pressionar a barra de espaço sempre que percebessem a formação de um triângulo na tela. Já na versão complexa, precisavam identificar a orientação de um triângulo em movimento, apontando se estava para cima ou para baixo em meio a uma série de pontos também em movimento pelo campo visual.
Dos participantes avaliados, 533 foram diagnosticados com demência, apresentando pontuações significativamente mais baixas nos testes visuais em comparação com aqueles que não desenvolveram a doença. É relevante notar que esses participantes tinham idades mais avançadas, menor escolaridade e eram menos ativos fisicamente. Além disso, problemas como diabetes e AVC eram mais comuns entre os diagnosticados com Alzheimer.
Fonte: @ Estadão