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Quinta-feira: InfoGripe da Fiocruz exibe aumento de internamentos gravemente doentes por Srag causados por VSR e gripe. Quadros Srag: mortalidade, crianças, estabilidade, cenário nacional. Circulação VSR, incidência, mortalidade. Registro casos: 11 unidades federativas. Atualização: inundações RGS, capacidade atendimento, interrupção estabilidade, incidência mortalidade. Mudanças circulação VSR, registro de casos. Queda mortalidade Srag, influenza.
O relatório mais recente do Observatório de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), aponta um aumento significativo nas hospitalizações devido a casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) provocados pelo VSR (vírus sincicial respiratório) e pela Influenza A, conhecida como o vírus da gripe, na região Centro-Sul do Brasil. Essa tendência preocupa as autoridades de saúde, que estão monitorando de perto a disseminação dessas infecções respiratórias.
O VSR, agente patogênico predominante que desencadeia bronquiolite em crianças pequenas, é uma Doença Respiratória Aguda Grave altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade para respirar. A prevenção e o controle dessas enfermidades respiratórias são fundamentais para proteger a população vulnerável, especialmente durante períodos de maior circulação viral.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag): Desafios e Tendências
Em geral, os quadros de Doença Respiratória Aguda Grave são variados, podendo se manifestar de forma leve, mas também resultar em internações hospitalares. A circulação do VSR é um fator determinante que afeta não apenas a incidência, mas também a mortalidade nas crianças pequenas. Além disso, o rinovírus tem se destacado como outro agente viral de relevância na incidência em crianças.
Nos últimos tempos, tem sido observada uma estabilidade em quadros de Srag, tanto nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) quanto de curto prazo (últimas três semanas) em todo o cenário nacional. Essa estabilidade é um sinal positivo, indicando uma possível desaceleração no crescimento dos casos de Srag por VSR e Influenza A em várias regiões do país.
No entanto, é importante ressaltar que, em alguns estados, como na região Sul, a situação é diferente devido às inundações do Rio Grande do Sul. Esses eventos climáticos extremos podem impactar a capacidade de atendimento e o registro de casos de Srag, o que requer uma análise cuidadosa dos dados mais recentes.
Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe, destaca que o aumento das internações pode estar relacionado ao início do inverno, período em que a transmissão de vírus respiratórios tende a se intensificar. Essa sazonalidade é um elemento importante a ser considerado na compreensão dos padrões de incidência de Srag.
Na mais recente atualização, foi observado que 11 unidades federativas apresentam um sinal de crescimento de Srag na tendência de longo prazo. Dentre esses estados estão Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. A análise mostra que, apesar de alguns estados apresentarem queda ou interrupção no crescimento de casos, outros ainda estão em ascensão.
No ano de 2024, foram notificados 78.835 casos de Srag, dos quais 38.361 (48.7%) foram confirmados, 28.662 (36.4%) negativos e 7.398 (9.4%) aguardam resultado laboratorial. Entre os vírus mais prevalentes nos casos positivos estão o VSR (51%), Influenza A (22,6%), Covid-19 (5,2%) e Influenza B (0,6%).
Quanto aos casos de morte associados a vírus respiratórios, os dados mostram que a Influenza A (46%), seguida pelo VSR (22,6%) e Covid-19 (22,9%) são os mais frequentes. Essas informações são baseadas nos registros do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 17 de junho, evidenciando a importância da vigilância contínua diante dos desafios enfrentados no controle da Srag.
Fonte: © TNH1