Deputados obteram oito assinaturas para criar comitê sobre Saúde do DF: crise, filas longas, suposta negligência, atendimentos, IPAB, transferências, gestão, saúde pública, crise agravada, desassistência. (148 caracteres)
A crise na Saúde do Distrito Federal (DF) tem gerado grande preocupação entre os moradores da região, que enfrentam dificuldades no acesso a atendimentos médicos e na qualidade dos serviços oferecidos. A situação se agravou com os recentes casos de negligência que resultaram na morte de crianças, evidenciando a urgência de medidas para solucionar os problemas no sistema de saúde.
A saúde pública do Distrito Federal enfrenta desafios complexos, que vão desde a falta de estrutura adequada nos hospitais até a escassez de profissionais qualificados para atender a demanda crescente da população. É fundamental que as autoridades locais ajam com rapidez e eficiência para garantir o direito à saúde do DF, promovendo melhorias significativas que beneficiem a todos os cidadãos.
Crise na Saúde do Distrito Federal: Parlamentares buscam instalar CPI
Os parlamentares conseguiram reunir as oito assinaturas necessárias para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas a instalação ainda é incerta, uma vez que o regimento interno proíbe o funcionamento de mais de duas CPIs simultâneas, a não ser que a criação tenha o apoio da maioria dos deputados distritais. Um dos autores do pedido de criação da CPI, o deputado distrital Max Maciel (PSOL), aposta na pressão sobre as lideranças para que a CPI seja instalada. ‘O colégio de líderes é soberano, essa limitação do regimento pode ser superada’, argumentou. Para o parlamentar, a crise na saúde é grave e justifica a CPI.
‘Nós não estamos falando de mortes que são em decorrência de uma evolução de quadro clínico. Nós estamos falando de mortes por falta de assistência médica. Por ter conseguido um leito e não ter ambulância para ter levado a criança’, completou. De acordo com o requerimento que pede a CPI, 65 crianças de até 1 ano morreram nos hospitais do DF nos 60 primeiros dias de 2024, o que seria um recorde histórico para tão curto período. ‘Superlotados, os centros regionais decretam bandeira vermelha e deixam de receber novos pacientes. Pacientes são internados inadequadamente nas unidades de atenção básica, ficando em média sete dias nessas unidades, sem transferência para hospitais’, diz o documento.
Situação da Saúde Pública do Distrito Federal: Pressão para Instalação da CPI
Quando o requerimento foi protocolado, o presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), aliado e do mesmo partido do governador Ibaneis Rocha, defendeu que ainda é cedo para uma CPI. ‘É hora de focar todas as nossas energias em encontrar soluções para diminuir o sofrimento dessas pessoas que estão nas filas dos hospitais’, disse o parlamentar à imprensa. O presidente do Sindicato de Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho, afirmou que a situação da saúde do DF vem se agravando desde o governo anterior, tendo piorado no atual.
‘A situação da saúde pública do Distrito Federal veio se agravando ao longo dos anos. Ela já foi de excelência, foi se agravando e chegou a um ponto de desassistência. Hoje nós vivemos não é dificuldade de assistência. É desassistência, falta de assistência’, destacou. Neste ano, o Distrito Federal foi a unidade da Federação com os maiores índices de casos e mortes por dengue no país. O requerimento de criação da CPI prevê investigar as falhas de atendimento e de gestão da saúde pública no DF desde a criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), em 2019.
Porém, a investigação alcança toda saúde pública do DF Iges O Iges é responsável pela gestão do Hospital de Base de Brasília – o maior da capital, do Hospital Regional de Santa Maria e de seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) espalhadas pelo DF. Neste ano, o órgão assumiu ainda, temporariamente, a gestão do Hospital Cidade do Sol, que fica em Ceilândia. O pedido para criação da CPI diz que, na última segunda-feira (27), o tempo médio de espera para consultas, exames e cirurgias eletivas era de mais de quatro meses e meio.
Fonte: @ Agencia Brasil