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Operação Venire II: agentes investigam falsas vacinações em PNI, RNDS de Bolsonaro. Inserir dados falsos em Bolsa Família. Mandados de busca em Caxias (RJ). STF, PGR investigam esquema fraudulento. Beneficiários interrogados. (149 caracteres)
A investigação sobre fraudes em sistema de vacinação avança com a segunda etapa da Operação Venire, realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (4). O foco da operação é desmantelar uma associação criminosa que tem inserido informações falsas de vacinação contra a covid-19 no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), vinculados ao Ministério da Saúde.
Além das fraudes em sistema de vacinação, a operação também visa combater possíveis casos de invasão e acesso sem cadastro nos sistemas de saúde. A PF está empenhada em garantir a integridade dos dados e a transparência no processo de imunização, combatendo qualquer tipo de adulteração que possa comprometer a eficácia do programa de vacinação contra a covid-19.
Fraudes em Sistema de Vacinação: Operação Venire e Novas Investigações
Em comunicado oficial, a Polícia Federal anunciou a execução de mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), direcionados a agentes públicos ligados à administração de Duque de Caxias (RJ). O foco da ação é a investigação da inserção de dados falsos de vacinação no sistema, relacionados a um esquema fraudulento em andamento.
A corporação ressaltou que a operação visa também identificar novos beneficiários envolvidos nas práticas fraudulentas. No total, estão sendo cumpridos dois mandados, abrangendo as cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Essa etapa integra a segunda fase da Operação Venire, que teve início em maio do ano anterior.
Na primeira fase da operação, o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi detido. Um dos mandados de busca e apreensão foi executado na residência do ex-presidente, em Brasília. As investigações se concentram na adulteração de registros de vacinação de Bolsonaro, sua filha Laura e Mauro Cid, alegadamente realizada na Unidade Básica de Saúde do Parque Peruche, em São Paulo, em 19 de julho de 2021.
A prefeitura de São Paulo esclareceu que, apesar dos registros no sistema com o CPF de Bolsonaro, a UBS em questão nunca atendeu o ex-presidente, tampouco recebeu o lote de vacinas mencionado. Além disso, a profissional listada como vacinadora nunca exerceu funções na referida unidade de saúde. Na época, o Ministério da Saúde afirmou que todas as informações inseridas no sistema do SUS são rastreáveis e requerem cadastro para serem registradas.
O órgão ministerial assegurou que não houve relatos de invasões externas ou acessos não autorizados ao sistema durante o período sob investigação pela PF. A complexidade das fraudes em sistema de vacinação requer uma abordagem meticulosa e colaborativa entre as autoridades competentes, visando garantir a integridade do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Fonte: @ Agencia Brasil