Duas pessoas presas pela Polícia Federal em suposta venda, operação contra esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Autos, necessárias informações, gabinete de juízes e desembargadores, prerrogativas de advogados, alvos, medidas cautelares. Gladiador (Máximus): organização criminosa, ativa exploração, prestígio, lavagem de dinheiro. Polícia busca sentenças e autoridades contra suposto esquema.
De acordo com informações divulgadas pelo @portalg1, a Polícia Federal realizou a prisão preventiva de duas pessoas envolvidas em uma suposta negociação de vendas de sentenças no sistema judiciário do Tocantins. A operação Máximus tem como objetivo desmantelar esquemas ilegais que comprometem a integridade do processo judicial.
Além das prisões, a operação Máximus também apreendeu documentos que comprovam o suposto envolvimento dos acusados em vendas de sentenças. A investigação revelou detalhes chocantes sobre a forma como o negócio era conduzido, colocando em xeque a credibilidade da Justiça local. A sociedade espera que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei.
Suposta venda de sentenças envolvendo advogados e desembargadores no Tocantins
Um dos detidos na operação Máximus é Thales André Pereira Maia, filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, Helvécio de Brito Maia Neto. O advogado de Thales, Leandro Manzano, declarou que aguardará acesso aos autos do processo para se pronunciar. O segundo indivíduo preso no suposto esquema é o advogado Thiago Sulino de Castro, que teria conexões com o gabinete de uma desembargadora. Sua defesa optou por não comentar o procedimento em andamento. A procuradora geral de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Tocantins, Aurideia Pereira Loiola Dallacqua, afirmou que a OAB está atuando para garantir as prerrogativas dos advogados, sem acesso às decisões.
A polícia não revelou a participação de ambos no esquema, que envolveu a Operação Máximus. Além das prisões, foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão, incluindo gabinetes de juízes e desembargadores. Durante as buscas, foram encontradas armas na residência do desembargador João Rigo, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. O TRE-TO esclareceu que não é alvo da operação.
Advogados e procuradores do governo do Tocantins também estão sob investigação. O TJ-TO forneceu todas as informações necessárias e está à disposição das autoridades. O governo do Tocantins afirmou que não teve acesso aos autos do processo e não se pronunciará no momento. A operação Máximus abrangeu endereços em Palmas, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal, com medidas cautelares como afastamento de cargos públicos e indisponibilidade de bens.
A investigação visa crimes como corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da operação remete ao personagem do filme Gladiador (Máximus), que combateu a corrupção no Império Romano. A Polícia Federal também realizou a operação Fames-19 recentemente, investigando supostos desvios de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19 no Tocantins, com apreensões no Palácio Araguaia e na residência do governador Wanderlei Barbosa e seus filhos, que estão entre os alvos.
Fonte: © Direto News