Passou hora: bancos e plataformas colocam cliente primeiro; juros, oscilantes, taxas superiores, título em questão, vencimento futuro, rentabilidade, contratada, marcação a mercado. (145 caracteres)
Recentemente, fui contatado por um consultor de investimento que me informou sobre excelentes oportunidades no mercado financeiro. Ele me sugeriu realocar parte do meu investimento em títulos públicos para obter um retorno mais atrativo. A ideia de diversificar minha carteira de investimento me deixou animado com as possibilidades de crescimento financeiro.
Diante das alternativas apresentadas, decidi analisar com cautela as opções de investimento disponíveis. Optei por manter um perfil mais fixo em relação aos meus investimentos de renda fixa, visando garantir um retorno estável ao longo do tempo. A estratégia de manter um portfólio diversificado é essencial para quem busca maximizar os ganhos em seus investimentos.
Investimento em Títulos de Renda Fixa e a Marcação a Mercado
O tal título em questão, adquirido em 2019 com uma taxa de 5,80% e vencimento em 2029, é objeto de análise. Na data atual, ele está sendo cotado a 6,20%, indicando uma oscilação nas taxas de juros. Segundo o assessor, a elevação dos juros tem impactado negativamente o valor do título, afetando a rentabilidade da carteira.
É importante compreender o mecanismo de marcação a mercado em investimentos de renda fixa. Ao adquirir um título, estamos emprestando dinheiro ao emissor, que se compromete a resgatá-lo no futuro com juros. Durante o período de posse do título, as taxas de juros oscilam, influenciando seu valor de mercado.
Se as taxas de juros aumentam, o valor do título no mercado pode diminuir, exigindo sua venda a um preço inferior ao contratado. Isso ocorre porque investidores buscam títulos com taxas superiores, impactando a rentabilidade dos títulos existentes na carteira.
No vencimento, o título é resgatado pelo valor acordado, garantindo a rentabilidade contratada. No entanto, ao negociar um título antes do vencimento, o preço pode ser ajustado para refletir as mudanças nas taxas de juros, conhecido como marcação a mercado.
O assessor financeiro, ao considerar a marcação a mercado, demonstra zelo pelo investimento do cliente. Contudo, é essencial avaliar se essa abordagem atende aos objetivos de investimento do cliente. A distribuição de produtos de investimento muitas vezes prioriza o produto em detrimento das necessidades do cliente.
No caso em análise, a compra dos títulos Tesouro IPCA+ foi motivada pela geração de recursos para a aposentadoria. Os recursos serão resgatados no vencimento e realocados em ativos líquidos e protegidos da inflação. A diferença entre as rentabilidades de 5,8% e 6,2% não é significativa, considerando o horizonte de investimento e os objetivos financeiros do cliente.
É fundamental que o assessor financeiro compreenda as motivações do cliente ao recomendar investimentos. A ênfase na primazia do produto deve ser substituída por um serviço personalizado que atenda às metas e necessidades do investidor. A evolução no setor financeiro requer uma abordagem centrada no cliente, visando agregar valor e promover o alcance dos objetivos de investimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo