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Justiça ainda não definido júri popular em operação da PM, zona Oeste de São Paulo. Última audiência em 17 de maio no Fórum da Barra. Trabalhos sem previsão, ampla defesa de 3 réus. Novas audiências, vítimas do Massacre de Paraisópolis. Fundo ainda pendente.
O caso do ‘Massacre de Paraisópolis’ segue em discussão na Justiça, com uma audiência marcada para esta semana no Fórum da Barra Funda, em São Paulo. Vinte e quatro testemunhas serão ouvidas, sendo 22 de defesa e 2 de acusação, em relação ao trágico episódio de 2019, no qual nove vidas foram perdidas durante uma ação da PM. A definição sobre a realização do julgamento em júri popular ainda está pendente.
O triste episódio da dispersão de um baile funk em Paraisópolis, ocorrido em dezembro de 2019, ainda ecoa na memória da comunidade. O ‘Massacre de Paraisópolis’ deixou marcas profundas e questionamentos sobre a atuação policial naquele fatídico dia. A busca por justiça e esclarecimento sobre o que realmente aconteceu continua sendo uma demanda importante para os familiares das vítimas e para a sociedade como um todo.
Desenvolvimentos do Caso do Massacre de Paraisópolis
O Massacre de Paraisópolis, ocorrido em dezembro de 2019 durante a dispersão de um baile funk na zona Oeste de São Paulo, continua a ser tema de intensos debates e investigações. A operação da PM que resultou na morte de nove jovens, com idades entre 16 e 24 anos, gerou indignação e questionamentos sobre a conduta policial naquela noite fatídica.
A última audiência relacionada ao caso ocorreu em 17 de maio, e os trabalhos do processo seguem sem previsão de conclusão. A defesa das famílias das vítimas expressa a preocupação de que a decisão final possa ser adiada até 2025. O advogado Dimitri Sales projeta a realização de pelo menos mais três novas audiências ainda este ano, enfatizando a importância desses momentos para garantir a ampla defesa dos réus envolvidos.
No Fórum da Barra, onde ocorreram as audiências, familiares das vítimas se reuniram em um ato de protesto. Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino da Silva, uma das vítimas do Massacre de Paraisópolis, expressou sua esperança por justiça, mas também sua indignação pela impunidade dos responsáveis. ‘Me tiraram o direito de ver meu filho crescer e se tornar um homem’, desabafou Maria Cristina.
Outra voz presente no ato foi a avó de Marcos Paulo Oliveira dos Santos, também vítima da tragédia. Ela ressaltou a necessidade de responsabilização dos policiais envolvidos: ‘Eles têm que pagar pelo que fizeram. O meu neto não estava fazendo nada de errado, só estava se divertindo’.
Enquanto novas audiências são agendadas e as investigações prosseguem, a comunidade aguarda por respostas e por um desfecho que traga justiça para as vítimas do Massacre de Paraisópolis. A ampliação das evidências, incluindo contradições nos depoimentos dos acusados e áudios dos agentes gravados naquela noite, continua a ser fundamental para esclarecer os eventos que resultaram em uma das tragédias mais marcantes da história recente de São Paulo.
Fonte: © Notícias ao Minuto