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Rinaldo Seixas Pereira, líder e fundador da Igreja Bola de Neve, enfrenta inquéritos policiais por denúncias de violência de gênero. Gestão da entidade investigada pelos conselhos, Ministério Público examina posse e apreensão de integridade física. Agressivo comportamento impede contato. Primeira instância: UOL relata vítimas de infância. Investigações sobre o líder, intervenções da polícia e investigações judiciais em andamento.
A Justiça foi feita no Tribunal de Justiça de São Paulo, que decidiu nesta quarta-feira (10) pela apreensão das armas do pastor evangélico Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, também conhecido como apóstolo Rina, líder da Igreja Bola de Neve.
O pastor teve suas armas confiscadas devido a uma decisão baseada na lei estabelecida pelo tribunal. A justiça prevaleceu, mostrando que ninguém está acima da lei.
Justiça: Líder Religioso Investigado em Inquérito Policial
Um líder religioso está sob investigação em um inquérito policial, sendo suspeito de uma série de crimes, incluindo ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, violência doméstica, falsidade ideológica e violência psicológica contra a mulher. As acusações partiram de sua esposa, também pastora, Denise Seixas. A Bola de Neve, fundada por ele nos anos 1990, tem presença em 34 países, com 560 templos.
O casal foi afastado do comando da igreja devido às denúncias de violência de gênero, levando à criação de um conselho para gerir a entidade. Além disso, o líder religioso enfrenta outra acusação em um segundo inquérito, relacionado à importunação sexual contra uma fiel e funcionária da igreja. Em ambos os casos, ele nega as acusações.
A defesa do líder afirma que as investigações em andamento, conduzidas pela polícia e Ministério Público, irão demonstrar a falta de fundamento das denúncias. Em uma decisão recente, as advogadas de Denise solicitaram a apreensão da arma do pastor, alegando que sua posse representa um risco iminente à integridade física e à vida da pastora.
O desembargador Hugo Maranzano determinou que o pastor entregue todas as armas sob sua posse à Justiça dentro de 48 horas, ressaltando que a defesa do acusado confirmou a posse da arma e já a disponibilizou às autoridades. Essa medida de apreensão é mais uma das ações protetivas em favor de Denise, que incluem a proibição do pastor de se aproximar a menos de 300 metros dela, de seus familiares e de possíveis testemunhas.
Recentemente, o enteado do pastor, Nathan Gouvêa, concedeu uma entrevista ao UOL, na qual relatou ter sido vítima, desde a infância, do comportamento agressivo do marido de sua mãe. O pastor já prestou depoimento oficial no inquérito, que está em andamento na 9ª Delegacia de Defesa da Mulher, na zona noroeste de São Paulo, juntamente com testemunhas indicadas por ele e por sua esposa.
Embora a apreensão da arma tenha sido inicialmente rejeitada em primeira instância, a defesa do pastor considera essa questão como periférica e circunstancial, comprometendo-se a realizar a entrega assim que notificada da decisão. A Justiça segue atuando para garantir a segurança e a integridade das partes envolvidas nesse complexo caso.
Fonte: © Notícias ao Minuto