Contrato Público-Privado do Paraná para Sabesp: áreas de saneamento e esgoto, PPPs, 24-ano terminos, leilão aguardado, metro³ e m³ de esgoto medidos.
Os leilões no setor de saneamento continuam atraindo investidores interessados em participar do crescimento desse mercado promissor. Na última semana, a B3 sediou mais um leilão importante, desta vez promovido pela Sanepar, empresa de saneamento do Paraná reconhecida por sua eficiência e qualidade nos serviços prestados.
Além dos leilões de concessões, as vendas de ativos no setor de saneamento também têm despertado o interesse de grandes empresas do ramo. A Sanepar, por exemplo, tem se destacado não apenas em leilões, mas também em processos de licitação para novos projetos de infraestrutura, consolidando sua posição de destaque no mercado.
Leilão da Sanepar: Novas Oportunidades na Área de Saneamento
A licitação em questão abrange três parcerias público-privadas (PPPs) relacionadas ao esgoto, totalizando aproximadamente R$ 3 bilhões em investimentos. Essas PPPs têm como objetivo atender 112 municípios e cerca de 900 mil pessoas, por meio de contratos com duração de 24 anos. O critério de seleção para cada lote será o desconto oferecido pela empresa vencedora sobre a remuneração que a Sanepar pagará à concessionária, calculada por metro cúbico de esgoto medido.
No leilão da Sanepar, estão competindo algumas das principais empresas privadas do setor de saneamento do país, como Aegea e Iguá. Além delas, empresas como GS Inima, Sacyr e Acciona também apresentaram propostas para as PPPs, evidenciando a robustez desse mercado. Os investimentos em saneamento básico tiveram um crescimento significativo de 16,19% em 2023, atingindo a marca de R$ 24,54 bilhões.
Para o ano de 2024, a Inter.B Consultoria prevê uma expansão adicional de 24,16%, elevando os recursos disponíveis para R$ 30,47 bilhões. No entanto, o leilão da Sanepar acontece em um momento de grande expectativa no setor, devido a dois fatores que podem influenciar o calendário de privatizações e leilões de PPPs programados para este ano.
Um desses fatores é o processo de desestatização da Sabesp, a maior empresa de saneamento do Brasil, previsto para ocorrer até agosto na B3. A disputa pela estatal paulista é considerada prioritária pelas grandes empresas privadas do setor, que podem ajustar suas estratégias em função desse leilão. A proposta do governo de São Paulo visa atrair um acionista de referência para reduzir a participação do Estado na empresa.
Ao final do processo, o Estado, que atualmente detém 50,3% das ações da companhia, teria uma participação em torno de 20%. Outro fator a ser considerado, ainda que menos relevante no momento, é o possível impacto da reforma tributária sobre as empresas de saneamento, que deixarão de contar com benefícios fiscais e passarão a pagar alíquotas mais altas.
Existe uma incerteza sobre como esses fatores poderão afetar a participação em leilões e os planos de investimento das empresas de saneamento a curto prazo. Além do processo envolvendo a Sabesp, há pelo menos cinco outras privatizações em andamento, conduzidas pelo BNDES, nos estados de Sergipe, Rondônia, Paraíba, Pernambuco e Pará.
Diante do interesse demonstrado pelas empresas na licitação da Sanepar, é evidente que o apetite por novos investimentos permanece elevado, especialmente por parte da Aegea. A empresa, que já havia conquistado uma PPP de esgoto da Sanepar em 2023, questionou sem sucesso uma restrição do edital que impedia um mesmo grupo de vencer os três contratos de PPPs.
Para Ewerton Henriques, diretor de Infraestrutura do Banco Fator, a priorização das empresas de saneamento para o leilão da Sabesp em detrimento de outras competições faz todo sentido, dada a posição estratégica desses negócios.
Fonte: @ NEO FEED