Irã: Aiatola Khamenei defende rápida interação com inimigo govt, em situações específicas. Potências mundiais, Oriente Médio: alertas, conversas indiretas. Posteriormente, Irã-nuclear depositário, AIEA limitações. Governo do Irã: expansão, interlocutores, grande poder, agora. Anteriormente, mal nenhum.
O aiatolá Ali Khamenei, líder máximo do Irã, surpreendeu ao manifestar interesse em retomar as negociações com os Estados Unidos acerca do programa nuclear iraniano. A declaração, feita na terça-feira (27), abre caminho para um possível diálogo diplomático entre as duas nações.
Essas novas tratativas entre o Irã e os EUA podem representar um avanço significativo na busca por acordos que garantam a estabilidade na região. As conversas entre as partes devem ser conduzidas com cautela e transparência, visando alcançar um consenso que beneficie ambas as partes.
Negociações em meio a tensões
Em uma fala direcionada ao governo civil do Irã, o líder supremo, Khamenei, enfatizou a importância das negociações, afirmando que não há ‘nenhum mal’ em interagir com seu ‘inimigo’. Os comentários de Khamenei estabeleceram as bases para qualquer tratativa sob o governo do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O líder supremo também renovou seus alertas de que os EUA não são de confiança. Segundo a agência, os comentários são semelhantes aos feitos na época do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e potências mundiais, que resultou na grande limitação do programa nuclear de Teerã em troca da suspensão das sanções econômicas.
Desafios e incertezas
Ainda não está claro quanto espaço Pezeshkian terá para manobrar, especialmente com as tensões permanecendo elevadas no Oriente Médio devido à guerra Israel-Hamas e com os EUA se preparando para uma eleição presidencial em novembro. Khamenei ressaltou que, apesar das situações específicas, é possível negociar com o inimigo, mas é crucial não depositar total confiança neles. O líder supremo, de 85 anos, alertou o gabinete de Pezeshkian a não confiar no inimigo, relembrando a postura adotada em 2018, quando descartou negociações com os EUA após a retirada unilateral do acordo por Donald Trump.
Conversas e interlocutores
A agência informou que houve conversas indiretas entre Irã e EUA nos últimos anos, mediadas por Omã e Catar, dois interlocutores dos EUA no Oriente Médio quando se trata do Irã. Os comentários de Khamenei foram feitos um dia após a visita do primeiro-ministro do Catar ao país. O Departamento de Estado dos EUA ressaltou a importância da diplomacia para alcançar uma solução eficaz e sustentável em relação ao programa nuclear do Irã, mas destacou que ainda há um longo caminho a percorrer.
Desafios e alertas
O comunicado dos EUA ressaltou que ainda se está ‘muito longe’ de um acordo, dada a escalada nuclear do Irã em todas as áreas e sua falha em cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Irã, desde o colapso do acordo anterior, abandonou todos os limites impostos e enriquece urânio a até 60% de pureza, próximo aos níveis necessários para armas nucleares. Para demonstrar seriedade, o Irã precisa parar as escaladas nucleares e cooperar de maneira significativa com a AIEA.
Fonte: © G1 – Globo Mundo