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Luciane Amaral da Silveira nomeada na chamada do IFFar para vagas; cotas, raciais, processo, autodeclaração, heteroidentificação, anuladas, amplas, concorrência, reservadas.
Em 2014, Luciane da Silveira Amaral, mãe de Matteus Amaral, participante do BBB 24, foi envolvida em um escândalo ao ser acusada de burlar cotas raciais para garantir sua vaga no curso de Agroindústria no Instituto Federal Farroupilha (IFFar). A polêmica veio à tona após o vice-campeão do reality show ser acusado de práticas semelhantes, gerando repercussão na mídia e nas redes sociais.
A questão das quotas raciais é um tema sensível e complexo, que levanta debates sobre inclusão e equidade. A utilização de racially based quotas em processos seletivos tem o objetivo de promover a diversidade e garantir oportunidades iguais para todos os candidatos. É fundamental que as cotas raciais sejam aplicadas de forma justa e transparente, respeitando os princípios da igualdade e da justiça social.
Faculdade investiga autodeclaração racial de Luciane Amaral
Procurada pela Quem, a faculdade confirmou que Luciane se autodeclarou preta no edital, mas informou que um processo ainda será realizado para apurar as informações e decidir os próximos passos. O nome Luciane da Silveira Amaral consta no mesmo edital, inscrito na mesma cota que o Matteus. É importante dizer que, para afirmarmos se houve fraude, é necessário o processo, disse a assessoria do IFFar. Em casos como este, o procedimento costuma ser a perda da vaga, segundo a equipe de comunicação da faculdade, que ainda não tem um parecer definitivo sobre os casos de Matteus e Luciane. Isso já ocorreu algumas vezes no IFFar. É recebida a denúncia, o caso é apurado, é feita a heteroidentificação e a autodeclaração pode ser anulada. No caso do Matteus, que não tem mais vínculo, a questão vai ter que ser discutida. Não tivemos caso assim ainda, explicou.
Polêmica envolvendo quotas raciais na faculdade
Na tarde de quinta-feira (13), o ex-BBB publicou um vídeo em que é possível ouvir uma pessoa, que foi apontada por internautas como Luciane, comentar o assunto da fraude ao fundo. Já soube que isso aí não dá nada. É só esquecer, isso aí não vai dar nada. Se eu me declarei negra, eu sou negra, disse alguém no Story de Matteus, que foi excluído das redes sociais minutos depois. A questão das quotas raciais se tornou um tema de discussão na casa de Matteus, com comentários de que não resultará em consequências.
Matteus Amaral e a cota racial na universidade
Em nota obtida pela Quem, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) informou que Matteus Amaral ingressou na universidade por meio do sistema de cotas raciais em 2014. O gaúcho se autodeclarou uma pessoa preta e, por isso, conquistou uma vaga no curso de Engenharia Agrícola na instituição de ensino. O edital que regula as inscrições para o processo seletivo dos cursos de ensino superior do Instituto Federal Farroupilha foi publicado em 1/10/2013, e deu direito a 25 vagas para o curso escolhido pelo ex-brother. Ao se tratar de cotas raciais, alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública, com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita, tiveram vagas reservadas: 1 vaga para pretos, 1 vaga para pardos, 1 vaga para indígenas e 1 vaga para outros grupos. Para os estudantes com renda igual ou superior a 1,5 salário mínimo per capita, as quotas são as mesmas. Para a ampla concorrência, ou seja, os não cotistas, foram reservadas 5 vagas para geral e 3 para alunos que cursaram o ensino fundamental em escola pública rural. Matteus Amaral Vargas teve seu nome nos editais do Instituto Federal Farroupilha em 17 de janeiro de 2014, que tratam do resultado preliminar do processo seletivo para candidatos dos cursos superiores, referente ao edital de seleção 217/2013. Em 23 de janeiro de 2014, no edital 027/2014, o recurso que teria.
Fonte: © Revista Quem