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Agentes de mercado responderam Questionário Pré-Copom do Banco Central. Projeções de inflação, cenário central, viés preponderante, QPC, Tomada de decisão, juros, metas de inflação, tolerância, balanço de riscos, equilibrados riscos, baixa e alta inflação, impactos monetários globais. Participantes: mercado, projeções: inflação.
A projeção de inflação para o ano de 2025 teve um aumento significativo, passando de 3,80% para 3,92% de acordo com as estimativas dos participantes do mercado consultados no Questionário Pré-Copom (QPC) nos meses de junho e julho. A percepção majoritária, expressa por 64% dos respondentes, é de que o cenário central apresenta um risco de alta para a inflação.
Essa variação nas expectativas de inflação reflete a preocupação crescente com a possibilidade de desinflação no mercado, especialmente diante de cenários econômicos instáveis que podem levar a uma situação de hiperinflação. É importante monitorar de perto os indicadores de preços e as políticas econômicas para evitar impactos negativos decorrentes de uma possível deterioração no controle da inflação.
Participantes do Mercado e Projeções de Inflação
Outros 32% dos participantes do mercado indicaram ver riscos equilibrados em relação à inflação, enquanto 4% apontaram riscos de baixa. Os resultados do Questionário de Projeções de Cenário (QPC) foram divulgados nesta terça-feira, indicando que as respostas foram coletadas antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada. Essas respostas são cruciais para os membros do colegiado na tomada de decisão sobre os juros, que permaneceram inalterados em 10,50% ao ano. O QPC também revelou um aumento na mediana das projeções de inflação para 2024, passando de 3,93% para 4,05% entre os dois últimos questionários.
Cenário Central e Viés Preponderante
Quanto ao viés preponderante do cenário central em relação à inflação, 6% dos participantes do mercado identificaram riscos de baixa para este ano, enquanto 46% apontaram riscos equilibrados e 48% destacaram riscos de alta. Em relação ao câmbio, a mediana projetada é de US$ 5,30 para os anos de 2024 e 2025. A meta de inflação para o ano atual permanece em 3%, mantendo-se estável na meta contínua prevista a partir de 2025, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Riscos e Decisões do Copom
Na ata da última decisão, o Copom ajustou seu balanço de riscos para a inflação, mencionando três riscos de alta e dois de baixa, reiterando a avaliação de fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta, o comitê destacou a possibilidade de desancoragem das expectativas de inflação a longo prazo, maior resiliência da inflação de serviços e impactos de políticas econômicas internas e externas com potencial inflacionário. Por outro lado, entre os riscos de baixa, foi mencionada uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica do que o previsto e impactos mais fortes do aperto monetário global do que o esperado.
Impactos Monetários Globais e Projeções de Inflação
Na ata, o colegiado ressaltou a ênfase de ‘vários membros’ na assimetria do balanço de riscos. As medianas das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses apontam para 0,30% em julho, 0,15% em agosto, 0,20% em setembro e 0,30% em outubro. Já nos serviços subjacentes, as projeções são de 0,39% em julho, 0,35% em agosto, 0,33% em setembro e 0,34% em outubro. Todos os participantes do mercado que responderam ao questionário concordaram que o Copom manteria a taxa Selic em 10,50% na última reunião.
Decisões Futuras e Expectativas
Quando questionados sobre as próximas ações do Copom, 94% dos participantes concordaram com a manutenção dos juros, enquanto 2% defenderam um aumento de 0,50 ponto percentual, outros 2% sugeriram um aumento de 0,25 ponto percentual e os 2% restantes apoiaram um corte de 0,25 ponto percentual. Para a reunião de setembro, 96% acreditam que o Banco Central continuará mantendo os juros em 10,50%, e para novembro, 91% esperam a mesma trajetória. Em relação às decisões futuras do comitê, a maioria dos participantes optou pela manutenção dos juros, com algumas sugestões de ajustes para cima ou para baixo, destacando a complexidade do cenário inflacionário e a importância da tomada de decisões equilibradas.
Fonte: @ Valor Invest Globo