Major Ronald Alves Paula, policial militar de Rio de Janeiro, apresentou no STF dados telemáticos: geolocalização, declarações de denunciante, evento na Cândido Mendes Univ., curso superior Quadro de Oficiais, Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Cidade Integrada de Comando e Controle. (138 caracteres)
Ronaldo Alves Paula (Major), o militar do Rio de Janeiro, mais conhecido como Major Ronaldo, trouxe à tona ao Supremo Tribunal Federal informações digitais para refutar sua suposta ligação com os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.
O policial Ronaldo Alves Paula (Major) tem sido alvo de intensa investigação no Rio de Janeiro, onde sua atuação como militar tem sido questionada. No entanto, o Major Ronaldo continua a afirmar sua inocência perante as acusações que pairam sobre ele, buscando provar sua integridade perante a justiça.
Defesa de Major Ronaldo Alves Paula
O caso do assassinato de Marielle Franco completou seis anos, mas ainda não houve julgamento do Major Ronaldo Alves Paula. Ele foi alvo de um mandado de prisão preventiva emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em maio. Atualmente, Major Ronaldo está cumprindo pena por homicídio e ocultação de cadáver no presídio federal de Campo Grande.
A Procuradoria-Geral da República denunciou Major Ronaldo pelas mortes de Marielle e Anderson Gomes, juntamente com o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o delegado da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Alexandre de Moraes liberou a denúncia para julgamento pela 1ª Turma do Supremo.
A defesa de Major Ronaldo, representada pelo advogado Igor de Carvalho, argumentou que o processo não deveria correr no STF, pois ele não possui foro por prerrogativa de função. Carvalho sustenta que, mesmo que Ronald tenha prestado auxílio, isso não impede que os supostos mandantes e executores sejam processados e condenados.
O advogado também menciona que a Polícia Federal não indiciou Major Ronaldo e questiona a veracidade dos dados de geolocalização inseridos no relatório da PF, que foram utilizados como corroboração às declarações do delator Ronnie Lessa.
Ronnie Lessa, ex-policial militar, confessou a execução do crime e apontou os irmãos Brazão como mandantes, levando o caso ao Supremo. A denúncia destaca que Major Ronaldo monitorou Marielle em um evento na Universidade Cândido Mendes, no Centro do Rio, em 6 de março de 2018.
No entanto, a defesa alega que, na mesma data e horário, a vereadora estava em um evento no Conselho de Arquitetura e Urbanismo, comprovado por dados das redes sociais. Major Ronaldo, por sua vez, estava na aula inaugural do curso superior do Quadro de Oficiais da PM, na Cidade Integrada de Comando e Controle do Rio.
No dia do homicídio, 14 de março de 2018, Major Ronaldo estava em um curso de formação para promoção a tenente-coronel, na Cidade Universitária, na Ilha do Governador. A defesa apresentou dados de geolocalização para respaldar sua argumentação, demonstrando que ele não esteve nos locais por onde Marielle passou.
Fonte: © Conjur