Nos primeiros 30 dias, a pasta fez reuniões para definir ações emergenciais, numa gestão compartilhada, visando a centralização da rede de atendimento.
Os Hospitais Federais estão passando por um momento de reorganização e centralização de operações, com a atuação do Comitê Gestor nas primeiras quatro semanas de trabalho. Essa iniciativa visa melhorar a eficiência na gestão dos Hospitais Federais, fortalecendo parcerias com instituições renomadas do setor de saúde, como a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Fiocruz.
A reestruturação dos Hospitais Federais promete trazer benefícios significativos para os estabelecimentos hospitalares e centros de saúde vinculados, com expectativa de otimização dos recursos e ampliação do acesso à saúde de qualidade. Essas ações demonstram um compromisso firme do Ministério da Saúde em aprimorar a prestação de serviços de saúde nos Hospitais Federais, visando sempre o bem-estar da população.
Processo de Centralização e Reconstrução dos Hospitais Federais
Nesta terça-feira (23), foi anunciada a prorrogação dos trabalhos do Comitê Gestor por mais 30 dias para dar seguimento aos esforços de reconstrução e fortalecimento dos Hospitais Federais, estabelecimentos hospitalares essenciais para a rede de atendimento no Rio de Janeiro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, o secretário de Atenção Especializada, Adriano Massuda, e o coordenador do Comitê Gestor dos Hospitais Federais, Nilton Pereira, compartilharam as próximas ações em uma entrevista coletiva.
A ministra enfatizou a importância da gestão centralizada do programa de reconstrução, ressaltando que não haverá pulverização na condução dos hospitais federais. Ela reafirmou o compromisso do governo em coordenar de forma integral a implementação do projeto, alinhada com os princípios do SUS. A definição do modelo de gestão permanente ocorrerá após uma fase de análise e diálogos extensivos com os diversos envolvidos.
O padrão de gestão a ser adotado seguirá a linha da gestão compartilhada, visando fortalecer o Sistema Único de Saúde e promover uma rede eficaz de atendimento, que é a base de operação em todas as regiões do país. A ministra reiterou que a visão é otimizar a capacidade de resposta dos hospitais às demandas da população, priorizando a eficiência do sistema de saúde.
Durante a transição entre as administrações, o Ministério da Saúde identificou diversas deficiências nos Hospitais Federais. A ministra Nísia revelou que foi detectado o fechamento de 593 leitos, interdição de enfermarias e centros cirúrgicos, falta de insumos e medicamentos, equipamentos e infraestrutura sem manutenção, além de redução significativa no quadro de servidores, com um déficit de 7.000 profissionais.
Para superar os desafios, o Ministério da Saúde implementou ações emergenciais, resultando na reabertura de 300 leitos e na contratação de 294 novos profissionais. Isso se traduziu em um aumento de 22% nas internações hospitalares e de 10% nos atendimentos ambulatoriais em relação ao ano anterior. Além disso, mais de mil profissionais foram convocados e mais de 1,7 mil contratos temporários foram prorrogados, garantindo a continuidade dos serviços.
A infraestrutura também foi alvo de melhorias com a doação de 122 equipamentos hospitalares, como ventiladores pulmonares, mesas cirúrgicas e desfibriladores. Atualmente, os Hospitais Federais do Rio de Janeiro desempenham um papel fundamental na oferta de serviços de média e alta complexidade, como transplantes renais e tratamentos oncológicos pediátricos de grande relevância. A rede de atendimento está se fortalecendo para atender às necessidades da população de forma eficaz e humanizada.
Fonte: @ Ministério da Saúde