Gaeco/MPRJ deflagrou segunda fase da operação Jammer contra exploração ilegal de telecomunicação e TV Box. Polícia Federal e advogados atuam.
A operação Jammer teve uma nova etapa deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) neste terça-feira (12). Dessa vez, os agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) cumpriram três mandados de prisão e sete de busca e apreensão, no combate à exploração ilegal de serviços chamados de GatoNet.
Com a conclusão da segunda fase da operação Jammer, as autoridades continuam firmes no combate à exploração ilegal de serviços. Os esforços da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) são essenciais para desmantelar esquemas ilegais, e a fase seguinte da operação certamente trará novos resultados positivos.
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Operação Jammer: Gaeco/MPRJ denuncia seis pessoas por organização criminosa
Nesta fase da operação Jammer, seis pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Grupo de Atuação Especializada do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) por crime de organização criminosa relacionada à exploração clandestina de atividades de telecomunicação, televisão e internet, em um esquema conhecido como GatoNet, na zona norte do Rio. De acordo com o MPRJ, Maxwell Simões Corrêa, também chamado de Suel, e Ronnie Lessa, que já haviam sido denunciados na primeira fase da operação, eram os líderes desse esquema criminoso.
Os dois já estavam detidos, por terem sido apontados como participantes nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Outro alvo da operação também foi preso. O Ministério Público informou que os mandados expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa estão sendo cumpridos nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel e Irajá.
Fase Seguinte da Operação Jammer: Apoio da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual
Nessa operação, os agentes contaram com o apoio da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda) e da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD). As investigações do Gaeco apontaram recolhimentos de diversos pagamentos feitos por seis denunciados, repassados para Suel, e também saldo de conta no valor de R$ 234.345,34.
‘A denúncia demonstra a relação dos criminosos com o líder da quadrilha, por meio de uma conversa na qual um deles lamenta o aumento de pena imposta a Suel pela obstrução de Justiça relacionada ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes. Nas mensagens, Suel é tratado como patrão pelos acusados’, completou o MP.
Jammer I: Dinheiro arrecadado na exploração foi usado para pagamentos de advogado
As investigações da primeira fase da operação Jammer, deflagrada em conjunto com a Polícia Federal, em agosto de 2023, apontaram que o dinheiro arrecadado na exploração dos serviços ilegais na zona norte da capital foi usado para fazer o pagamento do advogado de Élcio Queiróz, denunciado por participação no assassinato de Marielle e Anderson. ‘A Jammer I revelou que o advogado de Élcio foi escolhido por Ronnie Lessa e era pago por Suel, com o dinheiro da exploração de GatoNet’, explicaram os investigadores.
A primeira fase da operação Jammer também demonstrou que, desde 2018, Suel e Ronnie estruturaram o esquema ilegal nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel. ‘Na configuração inicial da organização criminosa, Suel é descrito como dono da GatoNet, agindo como sócio administrador, supervisionando todo o trabalho desenvolvido pelos subordinados, controlando os investimentos, assegurando o domínio territorial e obtendo lucros ilicitamente com a atividade criminosa’, acrescentou o MP.
A denúncia da primeira fase apontou ainda que, ao lado de Suel, Ronnie Lessa assumiu a posição de sócio investidor, entrando no negócio ilegal com dinheiro em troca de participação nos lucros. ‘Mesmo não se imiscuindo no dia a dia da GatoNet, Lessa se valia de sua má fama de matador profissional e, consequentemente, do temor infligido aos possíveis inimigos, bem como de seus contatos com setores corruptos das polícias, para auxiliar Suel no controle dos bairros em que o serviço era oferecido’, relatou um trecho da denúncia que originou a operação Jammer.
Fonte: © TNH1