Facções criminosas brasileiras relacionadas ao narcotráfico totalizam 72, duas com atuação transnacional: faturamento combinado de US$ 65,7 bilhões. Facções, narcotráfico, transnacional, crime holdings, entrada/saída, madeira extração, urban hubs, segurança pública, Constituição, Código Penal e Código de Processo Penal, círculo vicioso.
Em uma pesquisa recente sobre a presença do crime organizado no Brasil, revelou-se que há 72 facções criminosas ligadas ao narcotráfico atuando no país, com duas delas operando internacionalmente, se comportando como verdadeiras corporações do crime. A influência do narcotráfico é profunda e disseminada em diversas regiões, impactando diretamente a segurança pública.
Essas organizações estão envolvidas em atividades ilícitas, como o tráfico ilegal de drogas, que representam uma ameaça constante à sociedade. O combate ao narcotráfico e ao tráfico ilegal de drogas exige ações coordenadas e eficazes por parte das autoridades, visando desmantelar essas redes criminosas e garantir a tranquilidade da população. A luta contra o crime organizado é uma prioridade para as forças de segurança em todo o país.
Operação contra Empresários Suspeitos de Lavagem de Dinheiro para o PCC
No início de abril deste ano, o Ministério Público de São Paulo deflagrou uma operação contra empresários de empresas de ônibus suspeitos de praticar lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais organizações criminosas do País. A violência e o crime organizado serão tema das próximas eleições.
De acordo com o estudo, produzido pelo Esfera Brasil – think tank independente e apartidário que reúne empresários, empreendedores e classe produtiva -, se toda a cocaína que passa pelo Brasil fosse exportada para a Europa, o faturamento das organizações criminosas seria da ordem de US$ 65,7 bilhões, o equivalente a 3% do PIB brasileiro de 2023.
O documento traz ainda um mapa com fluxos de entrada e saída do Brasil de ao menos 20 transações ilegais, incluindo tráfico de pessoas, de drogas, de cigarro, ouro, diamante, defensivos agrícolas, armas e madeira, o que demonstra a grande diversidade das atividades econômicas impactadas pelo crime. Além do crime tradicional, o crime organizado controla garimpo ilegal, extração de madeira e hubs urbanos de serviços de entrega de gás, transporte público e postos de gasolina.
‘O narcotráfico está intrinsecamente ligado ao tráfico ilegal de drogas, sendo as facções criminosas vinculadas à narcotráfico responsáveis por uma atuação transnacional significativa. As holdings de crime movimentam grandes quantias de dinheiro através dos fluxos de entrada e saída, envolvendo não apenas drogas, mas também atividades como extração de madeira’, afirmou o advogado criminalista Pierpaolo Bottinni.
O estudo revela que o Brasil está entre os países com mais carros blindados, altas taxas de homicídios e uma população carcerária expressiva. Apesar das mais de 1.500 instituições de segurança pública previstas na Constituição, a falta de coordenação federativa dificulta o combate eficaz ao crime organizado.
Preto Zezé, presidente da Central Única de Favelas, ressalta que a abordagem meramente punitiva na segurança pública não é eficaz. ‘Gastamos mais recursos na prisão de jovens do que no financiamento da educação básica’, destacou, referindo-se ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.
O governador Claudio Castro, do Rio de Janeiro, aponta a legislação desatualizada, incluindo o Código Penal e Código de Processo Penal, como um dos desafios. ‘O crime organizado evoluiu para utilizar o sistema financeiro nacional em suas operações’, alertou. O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubo, enfatizou o ciclo vicioso entre a degradação econômica e a violência, defendendo uma maior integração entre os governos federal e estaduais para combater essa realidade.
O documento completo, que apresentará soluções para enfrentar o crime organizado, será lançado pelo Grupo Esfera em um evento próximo.
Fonte: @ NEO FEED