A Al Jazeera foi acusada por autoridades israelenses de fazer
propaganda
propaganda
e
incitação popular pró-Hamas
.
O líder israelense, Netanyahu, reafirmou nesta segunda-feira (1º) o seu compromisso em fechar a rede de TV do Catar Al Jazeera em Israel. De acordo com fontes próximas, ele pretende levar adiante a legislação necessária para banir o canal do país o mais rápido possível.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está determinado a colocar em prática a proibição da Al Jazeera em Israel. Ele vem enfrentando resistência, mas permanece firme em sua decisão de bloquear o canal de notícias, argumentando que as suas transmissões são prejudiciais à segurança nacional.
Netanyahu ameaça fechar rede de TV
Depois que o projeto passar pelo Legislativo, Benjamin Netanyahu ‘tomará medidas imediatas para fechar a Al Jazeera, de acordo com o procedimento estabelecido na lei’, informou o comunicado do partido Likud. Israel já acusou a emissora de provocar agitação contra o país entre os telespectadores árabes.
O escritório principal da emissora em Israel e o governo do Catar não responderam imediatamente a um pedido para comentar a decisão de Netanyahu. A Al Jazeera já acusou Israel de atacar deliberadamente os seus escritórios e seu pessoal, incluindo jornalistas da emissora em Gaza.
Rodadas de negociações em Doha
Desde a guerra em Gaza, que eclodiu em 7 de outubro, com assassinatos e sequestros cometidos pelos combatentes do Hamas, que controla o território, Doha tem mediado negociações de cessar-fogo. Em novembro do ano passado, Israel recuperou alguns dos reféns por meio dessas conversas.
No entanto, as negociações sobre uma segunda proposta de trégua parecem não levar a lugar algum. Em janeiro, Netanyahu apelou publicamente para que Doha impusesse mais pressão ao Hamas para que este acatasse as condições de Israel. O Catar abriga o gabinete político do grupo e várias autoridades graduadas do Hamas.
Autoridades israelenses reclamam há muito tempo da cobertura da Al Jazeera, mas não chegaram a tomar ações, cientes do financiamento do Catar aos projetos de construção palestinos na Faixa de Gaza – vistos por todas as partes como um meio de evitar o conflito.
Questionado se a ameaça contra a Al Jazeera poderia fazer parte de tal pressão, um porta-voz do governo israelense, Avi Hyman, não respondeu diretamente, embora tenha descrito a emissora como ‘empenhada em divulgar propaganda durante muitos e muitos anos’.
O ministro das Comunicações de Israel acusou a emissora em 15 de outubro de incitação pró-Hamas e de expor as tropas israelenses a emboscadas. A Al Jazeera e o governo de Doha não responderam a essas alegações. No mês seguinte, Israel pareceu poupar a rede do Catar, ordenando, em vez disso, o fim das transmissões locais de um canal libanês pró-iraniano menor, Al Mayadeen.
O projeto de lei que deverá ser ratificado nesta segunda-feira foi aprovado em primeira leitura no Knesset, o Parlamento israelense, em fevereiro fevereiro passado.
Fonte: © G1 – Globo Mundo